Carlos Ezpeleta, segundo homem mais importante da Dorna Sports, a empresa que gerencia a MotoGP, comentou que eles estão trabalhando para adaptar a “regra de concessão” para Honda e Yamaha, que se tornaram as duas piores motos no grid.
Criada em 2016 a fim de estimular a participação de novas fabricantes (como eram a Suzuki, Aprilia e a KTM), as concessões dizem que aquelas que não conseguiram chegar a um pódio na temporada anterior teria maior liberdade de desenvolvimento no ano seguinte.
Essa maior liberdade inclui a possibilidade de utilizar mais motores por temporada, mexer neles durante o ano, maior quantidade de jogos de pneus e, é claro, testes ilimitados. Suzuki, Aprilia e KTM se beneficiaram muito das concessões para desenvolver suas motos nos últimos anos.
Agora, Ducati, KTM e Aprilia são as forças dominantes na MotoGP. Outrora líderes, Honda e Yamaha lutam com diversos problemas técnicos. As duas, entretanto, têm pódios nessa temporada, o que significa nenhuma concessão pelas regras atuais. Algo que Carlos Ezpeleta tentará mudar.
“Estamos trabalhando para poder ajudar não só a Honda mas também a Yamaha para que possam voltar a ser competitivas mais rapidamente. No passado, a Honda e a Yamaha foram muito atenciosas com a regra da concessão“, disse Ezpeleta à Catalunya Radio.
“Isso foi crucial para a competitividade da Ducati e para a Suzuki se tornar rapidamente competitiva, e para a KTM e a Aprilia entrarem no Campeonato do Mundo e se tornarem competitivas também. Os outros fabricantes também entenderão isso. A posição oficial da Dorna é que o sistema de concessões precisa ser atualizado.” Até que ponto ele deixou em aberto.
No regulamento atual, Honda e Yamaha só podem testar livremente no período de pré-temporada, ou seja entre dezembro e março. Depois disso, a especificação de motor é escolhida e não pode ser mais mexida. Testes só acontecem de forma coletiva e em poucas datas pré determinadas.