O Mundial de Motovelocidade se surpreendeu essa semana com a inesperada desistência de Jonas Folger, devido a problemas de saúde. Isso deixou a equipe Tech3 Yamaha com o problemaço de arranjar um piloto substituto às pressas. Aqui temos algumas sugestões bem plausíveis ao time de Hervé Poncharal.
10 – Yonny Hernandez
Se a Tech3 precisa de um piloto rápido e experiente para conduzir a Yamaha YZR-M1, Yonny Hernandez é um dos melhores. O colombiano de 29 anos correu na MotoGP entre 2012 e 2016 tendo como melhor momento a sua passagem pela Pramac Ducati, onde acompanhava o ritmo de Danilo Petrucci.
Depois de uma inexpressiva passagem pela Avintia em 2016, Hernandez retornou à Moto2 em 2017 com resultados ainda piores. Sem opções, o colombiano precisou migrar para o World Superbike com a equipe Pedercini Racing. Uma quebra de contrato a essa altura parece pouco provável, mas não custaria tentar.
09 – Loris Baz
Assim como Yonny Hernandez, Loris Baz também mostrou brilhantismo na MotoGP, como quando chegou a liderar um FP4 na França e concluiu o GP de San Marino em quarto lugar, ambos em 2015. Contudo, após duas temporadas na Avintia, o francês não conseguiu sustentar sua vaga por não trazer patrocínios.
Restou à Baz voltar ao World Superbike onde já esteve com a Kawasaki até 2014. Agora, no entanto, seu regresso acontece pela modesta Althea BMW. O que pode colocá-lo na Tech3 Yamaha? O fato de ser francês como a equipe sediada em Bormes-les-Mimosas, no sul da França.
08 – Remy Gardner
Muitos não se deram conta, mas a equipe Tech3 também possui uma equipe na Moto2. Seus pilotos são o novato Bo Bendsneyder (da Moto3) e o australiano Remy Gardner, filho do lendário campeão de 1987 Wayne Gardner.
Remy Gardner, no entanto, não tem o mesmo talento do pai, tendo como melhor posição de chegada na Moto2 uma nona colocação no Grande Prêmio da República Checa do ano passado. Suas chances são pequenas, mas como é um piloto da casa…
07 – Josh Brookes
Outro australiano que poderia assumir o comando da Yamaha YZR-M1 preta é Josh Brookes. Mais um anônimo do público informal, esse piloto de 34 anos tem como grande destaque o título de 2015 no mega disputado Campeonato Britânico (BSB), justamente com a marca dos diapasões.
Experiente e malucão como todo piloto australiano, Brookes já correu também no Mundial de Superbike e suas categorias de acesso, além de corridas de estrada, como o Troféu Turista na Ilha de Man. Falta, portanto, uma passagem na MotoGP. O problema é que ele acabou de assinar um contrato com a equipe MCAMS no Campeonato Britânico.
06 – Mike Di Meglio
Esse francês de descendência italiana tem como grande destaque em seu currículo o título das 125cc em 2008. Hoje, aos 30 anos, Di Meglio já pode ser considerado como um piloto experiente já tendo, inclusive, participado da MotoGP (entre 2014 e 2015 pela Avintia).
Desde 2016, Di Meglio está ligado à Yamaha, competindo para os japoneses no Mundial de Endurance (EWC) com a equipe GMT94. Essa facilidade de acesso pode ser um fator primordial à equipe Tech3 agora, já que não há tempo para analisar quebras de contrato.
05 – Katsuyuki Nakasuga
O mesmo pode ser dito para Katsuyuki Nakasuga. O japonês exerce há anos o cargo de piloto de testes da Yamaha, quebrando um galho para a marca dos diapasões quando os pilotos titulares têm problemas e não há tempo para procurar substitutos.
Nakasuga é desconhecido para o espectador informal, mas é uma lenda no Japão, onde venceu nada menos do que sete (!!) títulos no campeonato nacional de Superbike. Além disso, já acumula três vitórias seguidas nas 8 Horas de Suzuka.
04 – Stefan Bradl
Se a nacionalidade for um fator primordial, outro nome excelente no mercado é o de Stefan Bradl. O alemão, que competiu em 2017 no World Superbike pela Honda ficou de fora da equipe para esse ano, tendo que se contentar com a condição de piloto de testes da marca.
Se a quebra de contrato não for um grande problema, a contratação de Bradl é um grande negócio. Relativamente jovem (28 anos) e experiente, o alemão foi campeão da Moto2 em 2011 e nos anos seguintes correu na MotoGP com a LCR-Honda atingindo resultados sólidos. Ou seja, tudo o que a Tech3 Yamaha precisa nesse momento.
03 – Sandro Cortese
Figura carimbada para quem acompanha o Mundial de Moto2, Sandro Cortese é o mais novo desempregado nesse início de 2018, já que a equipe Kiefer Racing, ainda se reestruturando depois da morte de seu líder e fundador Stefan Kiefer anunciou há poucos dias que terá apenas uma moto para Dominique Aegerter.
Aos 28 anos de idade, Cortese já compete no Campeonato Mundial desde 2005, tendo como grande momento o título da Moto3 em 2012, sendo esse o primeiro da categoria na era 250cc de quatro tempos. Jovem, experiente, livre de compromissos e alemão como Folger (o que satisfaria os patrocinadores), é uma das melhores opções da Tech3.
02 – Alex Lowes
Irmão gêmeo de Sam Lowes, Alex Lowes compete pela equipe oficial da Yamaha no Mundial de Superbike, o que facilita tremendamente as coisas para a equipe Tech3. Além disso, o britânico já conhece a equipe, tendo substituído Bradley Smith em Silverstone e Misano 2016.
Além dessas facilidades, Lowes é jovem e rápido, daqueles com uma forte vontade de mostrar serviço. Pesa contra o estilo agressivo demais, muito semelhante ao de Sam Lowes, o que pode resultar em muitas motos destruídas à Tech3.
01 – Michael van der Mark
Considerado um dos pilotos mais promissores da atualidade, Michael van der Mark é companheiro de equipe de Alex Lowes na Yamaha do World Superbike e já substituiu Folger nas duas últimas etapas do ano passado.
Pesa a seu favor o livre trânsito na Yamaha e já ter algum conhecimento da moto e da equipe. Por outro lado, sua falta de experiência pode ser um problema. Mas, se for contratado agora, Van der Mark teria todos os testes pré-temporada para chegar afiado à primeira etapa do ano, no Catar.