A imprensa italiana está dizendo que Davide Brivio não está nos planos da equipe Alpine de Fórmula 1 em 2022 e pode voltar à MotoGP, onde fez Joan Mir campeão com a Suzuki em 2020.
Considerado por todos como o grande responsável pela estruturação da equipe Suzuki desde sua volta à MotoGP em 2015, Brivio mudou-se para a Alpine na Fórmula 1 nessa temporada. Mas, de acordo com o site Moto.it, o dirigente está lutando para se integrar em um ambiente muito diferente daquele a que estava acostumado.
Segundo os italianos, Brivio não estaria feliz em viver na Inglaterra, país de quase todas as equipes de Fórmula 1, enquanto a MotoGP tem sedes na Itália e Espanha. Além disso, a imprensa espanhola também afirma que o dirigente não é exatamente o melhor amigo de Fernando Alonso, o primeiro piloto da Alpine.
Enquanto isso, a Suzuki tentou buscar um substituto de Brivio nessa temporada, sem sucesso. Suas funções foram assumidas interinamente pelo seu assessor, Shinichi Sahara, com resultados modestos. É consenso que a moto evoluiu menos do que as rivais nessa temporada.
Em agosto, tudo indicava que o novo diretor da Suzuki seria Wilko Zeelenberg. Mas o diretor holandês voltou atrás e preferiu permanecer na nova RNF Racing, equipe que vai suceder a Petronas SRT e deve dispor de uma Yamaha M1 atualizada para Andrea Dovizioso em 2022.
A volta de Brivio seria ótima para a MotoGP. Se é desconhecido na F1, na Categoria Rainha o italiano tem uma carreira consolidada. Além do sucesso na Suzuki, é creditado ao dirigente a vinda de Valentino Rossi para Yamaha em 2004, uma das mudanças de equipe mais surpreendentes e espetaculares da história.
Brivio também é um dos poucos ocidentais capaz de se comunicar eficientemente com a reservada e conservadora cúpula da Suzuki no Japão. Antes de deixar a equipe, o italiano tentava convencê-los a criar uma equipe satélite para ajudar no desenvolvimento da moto, algo que todos no paddock desejam.