Foi divulgado hoje (9) o resultado da contra análise solicitada por Andrea Iannone no caso de doping que está envolvido. A amostra B confirma a presença de esteroides anabolizantes e o italiano precisa agora recorrer aos tribunais para tentar correr em 2020.
De acordo com o jornal italiano Gazetta dello Sport, a contra análise, coletada na mesma ocasião do primeiro teste confirmou a presença de drostanolona, uma medicação desenvolvida nos anos 1970 contra o câncer de mama, mas que se tornou popular entre fisiculturistas por aumentar a massa muscular.
Iannone já comentou o resultado e mostrou-se surpreso, mas reafirmou que está com a consciência tranquila: “Quando você tem a consciência tranquila, podem apontar o que quiserem, mas não me sinto apontado. Se as pessoas querem falar, que falem”, disse. “O motociclismo é a minha vida. Seria estúpido da minha parte arriscá-lo assim”, relembra.
Segundo o site crash.net, os advogados de Iannone já entregaram o caso para a Comissão Disciplinar Internacional que tem, no máximo, 45 dias para manter ou anular a suspensão. A defesa do piloto também pode recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), onde tentarão convencer o juri de que a substância foi ingerida acidentalmente através de carne contaminada durante aquele período.
“A contra análise atesta a presença de metabólitos iguais a 1.150 nanogramas por mililitro, uma pequena quantidade, considerando também que o piloto estava na Ásia há mais de um mês e que o teste, realizado imediatamente após o GP da Malásia, era relativo à uma amostra de urina muito densa, igual a 1.024, devido à forte desidratação após a corrida“, disse o advogado Antonio De Rensis.
Iannone, portanto segue suspenso por tempo indeterminado de acordo com o Artigo 7.9.1 da Federação Internacional de Motociclismo (FIM). O piloto de 30 anos pode ficar longe das corridas entre 18 meses e 4 anos, dependendo do veredicto, o que o tira da temporada 2020, pelo menos.
O piloto de testes da Aprilia, Bradley Smith é, agora, o favorito para participar dos testes coletivos de Sepang, no começo de fevereiro. O britânico, no entanto, não poderá pilotar pela equipe durante a temporada, pois já tem compromissos com a MotoE. A marca de Noale conversa com o checo Karel Abraham para a função.