Os organizadores da MotoGP anunciaram hoje (12) a volta do GP do Brasil ao calendário em 2026. A etapa brasileira, que não acontece desde 2004, acontecerá em um reformado circuito de Goiânia.
O Autódromo Internacional Ayrton Senna na capital do Goiás recebeu a principal categoria do Motociclismo Mundial entre 1987 e 1989. Nos últimos anos, o circuito passou por uma reforma total nos padrões da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
“O retorno da MotoGP a Goiás é um marco histórico para nós. Goiânia será, pelos próximos cinco anos, a casa da MotoGP no Brasil. Estamos trabalhando para garantir que a infraestrutura e os serviços proporcionem uma experiência inesquecível para pilotos, equipes e fãs”, declarou o governador do Estado, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Com a pista definida, o próximo passo foi entrar em negociações com a Dorna, a empresa que administra a MotoGP desde 1992, agora de propriedade da Liberty Media. As conversas ficaram a cargo da promotora de eventos Brasil Motorsport em parceria com o Governo de Goiás.
“A equipe Brasil Motorsport tem um histórico de trabalho com grandes ligas esportivas e organização de grandes eventos. Com base nessa experiência, estou convencido de que a MotoGP será um grande sucesso em Goiânia. Teremos um dos eventos esportivos mais emocionantes do mundo, juntamente com atrações de entretenimento, marcas fortes e fãs entusiasmados. Uma mistura que tem garantia de sucesso”, afirma Alan Adler, CEO da Brasil Motorsport .
“O Brasil é um player global e um lugar que sempre acreditamos que merece um espaço em nosso calendário. Trabalhar com o governo de Goiás e a Brasil Motorsport, que têm um histórico impressionante e comprovado, é uma oportunidade que estamos muito animados para aproveitar”, disse o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta.
“Temos uma boa base de fãs que sabemos que estão animados com esta notícia, assim como estamos ansiosos para voltar a correr por eles novamente, e este novo acordo também oferece uma oportunidade fantástica de expansão em um mercado-chave para o esporte e nossos fabricantes”, adicionou.
Goiânia foi muito elogiada na página da MotoGP, considerada como “uma cidade moderna, planejada e vibrante que equilibra espaços verdes e altos níveis de desenvolvimento urbano com um forte comprometimento com a preservação ambiental e cultural.”
Depois de Goiânia, o Mundial de Motociclismo passou por Interlagos (em 1992) antes de se concentrar no extinto circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, entre 1997 e 2004. O último piloto a vencer o GP do Brasil foi o japonês Makoto Tamada.
Com a inclusão do Brasil, existe uma possibilidade real de o ano de 2026 contar com três etapas nas Américas: o GP dos Estados Unidos em Austin, Texas, e o GP da Argentina, em Termas de Rio Hondo, que também trabalha para voltar ao calendário.