Aleix Espargaró conquistou o terceiro pódio da Aprilia em 2022 no GP da Espanha, mas isso terá um preço alto: o fim das concessões e dos testes ilimitados no ano que vem. A carruagem virará abóbora?
Concessões são permissões especiais no regulamento para que as equipes estreantes na MotoGP, ou que ocupem as últimas posições no campeonato possam realizar mais testes e tenham uma maior liberdade de desenvolvimento em comparação com os times que lideram a competição.
Entre as vantagens, as equipes com concessões podem realizar testes particulares à vontade. Lembra-se dos testes com Andrea Dovizioso no ano passado? Além disso, eles podem utilizar mais pneus e mais motores, nove ao invés de sete, sem a necessidade de selá-los antes do início da temporada.
O sistema foi implementado para estimular a participação de novas marcas na MotoGP. Foi utilizando esse artifício que a Aprilia evoluiu na MotoGP, assim como a Suzuki e a KTM. As concessões, no entanto, são retiradas à medida que o time atinge certa pontuação.
A Aprilia era a única que ainda utilizava o regime de concessões, mas o terceiro lugar no GP da Inglaterra do ano passado, a vitória no GP da Argentina desse ano e dois outros pódios, em Portugal e na Espanha, significam o fim das liberdades para a fábrica de Noale.
“Os testes são extremamente importantes para nós“, disse Espargaró. “Tentamos algumas coisas e estou muito contente porque conseguimos melhorar a embreagem e a largada. Essa foi uma das maiores dificuldades para nós nas últimas corridas. Melhoramos muito, também graças ao trabalho feito pela equipe de testes de Lorenzo Savadori nas duas últimas corridas”, sublinhou.
“Não vai mudar muito para este ano“, comentou Espargaró quando questionado sobre o fim das concessões. “Tínhamos algumas coisas no plano de teste que não podemos mais implementar, mas no geral não será um problema para nós. Até o final da temporada ainda podemos usar o número de motores.” A partir de agora a Aprilia só testará em sessões coletivas, junto com as demais equipes.