A temporada 2017 foi desastrosa para a Suzuki na MotoGP. E, para o chefe da equipe Davide Brivio, a explicação é muito simples: a falta de uma equipe satélite para ajudar no desenvolvimento da motocicleta ao longo do ano.
Com apenas duas motos no grid, a marca de Hamamatsu somou somente 129 pontos ao longo do ano, contra 696 da Yamaha (que possui a parceira Tech3), 737 da Honda (LCR e Marc VDS) e impressionantes 791 da Ducati (Pramac, Avintia e Aspar).
“Nesta temporada, vimos claramente que nos falta uma equipe satélite“, disse Brivio ao Speedweek. “Com mais pilotos na pista, poderíamos ter coletado muito mais informações. Isso teria sido benéfico para o desenvolvimento. Todos nós queremos uma segunda equipe que nos apoie. Esta discussão está acontecendo por algum tempo dentro da Suzuki. Espero que possamos tê-la em breve. Temos isso em mente“, contou.
Brivio está convencido de que a presença de outra equipe com maquinário Suzuki é fundamental na compreensão dos problemas ao longo do ano. Mas, admite que mesmo essa implementação será um problema devido à falta de experiência da marca no assunto. Eles sempre competiram com poucas motos.
“Mesmo isso não será fácil para nós, porque não adquirimos experiência com uma equipe satélite“, confessa. “Mesmo a KTM tem, pelo menos, experiência em outras classes. Espero que um dia tenhamos uma equipe satélite“, espera o italiano que foi campeão com a Yamaha nos anos 2000.
Para 2018, no entanto, os prognósticos são melhores. Um novo motor e chassi foram testados em Jerez deixando os pilotos Andrea Iannone e Alex Rins muito felizes. Além disso, na próxima temporada eles recuperam os benefícios de “equipe de concessão”, podendo testar à vontade, utilizar 9 motores ao invés de apenas sete, entre outras facilidades.