Muita gente não entendeu a contratação de Pol Espargaró antes mesmo de Álex Márquez realizar sua primeira corrida pela Repsol-Honda. Mas nessa pequena entrevista, o chefe da equipe, Alberto Puig tenta explicar os motivos da mudança de cadeiras.
Espargaró foi anunciado ontem (13) como novo piloto oficial da Honda para as temporadas de 2021 e 2022 no lugar de Álex Márquez. Em uma entrevista ao site oficial da MotoGP, Puig disse que eles sempre admiraram o trabalho do piloto de 29 anos que vem da KTM.
“Pol demonstrou grande interesse em nossa motocicleta, seu contrato expira no final desta temporada, portanto estava disponível para o próximo ano – o que foi um ponto crucial“, destacou Puig. “Acreditamos que Pol tem espírito de luta e é simplesmente um lutador. Além disso, está no campeonato há muitos anos, tem experiência e, na minha opinião, fez um ótimo trabalho na KTM e no desenvolvimento da moto. E acreditamos que o estilo de condução dele pode ser adequado à nossa motocicleta. Então, era algo em que pensávamos e, dada a situação possível, decidimos fazê-lo“.
Em seus comentários sobre a contratação, Espargaró afirma que vai para a Honda para enfrentar Marc Márquez de igual para igual. Puig, no entanto, foi mais neutro sobre o assunto: “Acho que Pol poderá apoiar Marc bem quando se trata de desenvolver a motocicleta e ser competitivo ao mesmo tempo“, se limitou a dizer.
Sobre Alex Márquez, Puig afirma que sua contratação foi feita porque não havia ninguém melhor naquele momento: “Como você sabe, estávamos sem pilotos e o que podíamos fazer era conseguir Alex, porque ele se tornou campeão mundial por conta própria“, relembrou. “Foi um acordo de um ano. Naquele momento, não podíamos fazer mais porque não queríamos causar problemas na LCR e talvez quiséssemos obter Cal… porque a LCR é uma equipe muito importante para nós e não queríamos nos envolver em contratos em andamento“, explica.
Ainda assim, Puig garante que a Honda não está desistindo de Álex: “A situação ideal para um novato é ganhar experiência em uma equipe satélite“, reafirma. “Estamos muito interessados no progresso de Alex e é por isso que queremos que ele ande na LCR, uma moto de fábrica, porém longe da enorme pressão da Repsol Honda. Acreditamos que ele possa mostrar seu potencial lá, em um ambiente mais descontraído. Mas ele ainda será um piloto Honda e na mesma moto. A única coisa que ele não terá é essa pressão, ao lado de Marc Márquez”.