A temporada chegou ao final, portanto é hora de fazer um balanço nos números de 2014. No que concerne a acidentes foram 981 quedas, 118 a mais que em 2013.
Isso quer dizer que a atual temporada foi menos segura que a anterior? Não necessariamente. Na verdade, muitos deles podem ter sido causados pelo excesso de confiança nas medidas de segurança ativa e passiva da atualidade, além das condições climáticas, menos estáveis em 2014.
Misano, na Itália foi o GP mais acidentado: 109 acidentes nas três classes, seguido de Motegi (Japão) e Phillip Island (Austrália) com 71, cada. Entretanto, duas dessas três provas sofreram forte influência do clima. Choveu nos treinos livres da Itália e uma brusca mudança de temperatura derrubou vários pilotos durante a corrida na Austrália.
Analisando individualmente por categoria, foram 206 acidentes na MotoGP, 408 na Moto2 e 367 na Moto3. Porque a classe principal, com as motos mais potentes tiveram menos quedas? Isso aconteceu por duas razões: a maior eletrônica embarcada nas motos de 1000 cc (que auxilia no controle) e a maior experiência dos pilotos.
O maior exemplo disso vem do fato de que o piloto que menos “beijou o asfalto” na MotoGP foi Jorge Lorenzo. Outrora um “batedor de carteirinha”, o bicampeão se mostrou bem mais ‘no controle’ em 2014, caindo apenas duas vezes, enquanto foram cinco vezes em 2012 e três em 2013. O campeão Marc Márquez também diminuiu sua cota, de 15 para 13, esse ano.
Por outro lado, o “campeão das quedas” na MotoGP em 2014 foi o britânico Bradley Smith, que derrubou sua Yamaha M1, 16 vezes. Entretanto, isso foi muito menos do que os 24 tombos do novato Karel Hanika e dos 22 de Niccolo Antonelli, ambos da categoria de acesso, Moto3.
Entretanto, o recorde de acidentes em 2014 ficou com o britânico Sam Lowes: nada menos do que 25 quedas, na classe intermediária Moto2. Axel Pons e Sandro Cortese vieram na sequência, com 22 e 20 tombos, respectivamente. Para melhorar a segurança, a Comissão de Grandes Prêmios está estudando tornar o macacão com airbags obrigatório a partir do próximo ano.