O sábado de corridas em Misano também marcou o último dia de competições do Mundial de MotoE e consagrou o italiano Mattia Casadei como o campeão de 2023. Sem nenhuma vitória esse ano, Eric Granado fechou a temporada em sétimo.
Matteo Ferrari (Gresini) havia garantido a pole position na sexta-feira, mas foi penalizado por violação da pressão dos pneus e foi rebaixado para o 10º lugar. Na corrida 1, Jordi Torres (Aspar) assumiu a liderança à frente de Casadei (Pons) e Niccolò Spinelli (Pons).
Mas Torres queimou a largada e recebeu duas voltas longas como penalidade, o que facilitou muito a tarefa de Casadei. O italiano assumiu a liderança e só precisou se defender dos ataques de Spinelli e Hector Garzò (Dynavolt Intact GP), que vinham na sequência.
No final, Garzò superou Spinelli e foi para o ataque sobre Casadei. Mas o italiano conseguiu sustentar a primeira posição até a linha de chegada por meros 0s021, e ganhou o merecido título da melhor maneira: com uma vitória emocionante. Granado (LCR e-Team) caiu e ficou de fora.
Na segunda corrida, a decisão que faltava era sobre o vice-campeonato entre o campeão de 2022, Jordi Torres (que parecia ter o título garantido por um longo tempo) e o campeão de 2021 Matteo Ferrari, que também vinha à frente de Casadei na classificação até o mês passado.
Spinelli assumiu a liderança na segunda curva, com Casadei em segundo e Garzò em terceiro. Torres estava em 4º e seria o vice-campeão mundial porque Ferrari estava apenas na 11ª posição. Na segunda volta, Granado tentou ultrapassar Kevin Manfredi (SIC58) e ambos caíram, mas continuaram.
Garzò superou Casadei e foi atrás de Spinelli querendo a vitória. Enquanto isso, Torres brigava pela quarta posição com Andrea Mantovani e Kevin Zannoni. Mais atrás vinha Ferrari na sétima posição. Se tudo continuasse assim, Torres seria o vice-campeão.
No final, Spinelli e Garzò estavam brigando palmo a palmo pela vitória. Mas Casadei se aproximou e surpreendentemente conseguiu retomar a liderança por poucos metros. Mantovani ultrapassou Torres e se continuasse assim, o vice-campeonato iria para Ferrari.
Spinelli e Garzò conseguiram retomar suas posições a tempo para a bandeirada de chegada, separados por 0s196. Casadei fechou em terceiro e Mantovani precisou ceder a posição por exceder os limites de pista para Torres, que ficou em quarto e com o vice-campeonato.
Foi uma temporada que consagrou a persistência de Casadei, considerado carta fora do baralho até pouco tempo atrás. Esse também foi o primeiro ano sem vitórias de Granado, que não conseguiu acompanhar os líderes e ficou apenas em 7ª no campeonato com 139 pontos.
GP de San Marino de MotoE – Corrida 2
- Spinelli, 8 voltas
- Garzo, + 0,196 seg
- Casadei, + 0,429
- Torres, + 1,000
- Mantovani, + 0,726
- Zannoni, + 1,080
- Ferrari, + 1,493
- Rabat, + 4,060
- M. Pons, + 5,891
- Zaccone, + 6,196
- Krummenacher +7,351
GP de San Marino de MotoE – Corrida 1
- Casadei, 8 voltas
- Garzo, + 0,021 seg
- Spinelli, + 0,241
- Manfredi, + 0,816
- Zannoni, + 0,898
- Ferrari, + 0,1,085
- Zaccone, + 1,5,562
- Krummenacher, + 7,406
- Okubo, + 9,301
- Torres, + 9,369