Em 2023, a MotoE terá máquinas fornecidas pela Ducati, que tem planos ambiciosos. A fabricante italiana quer fazer motos mais leves que a Energica e superar os tempos estabelecidos pela Moto3.
Atualmente, a Energica Ego Corsa tem baterias de 100 kg que duram apenas seis voltas em regime máximo. Com um peso total de 260 kg, as motocicletas elétricas são extremamente pesadas e estão longe dos tempos conseguidos pelas 250cc monocilíndricas da Moto3 no Campeonato Mundial.
A Ducati, entretanto, é uma empresa bem maior que a Energica e, apesar da inexperiência em construir drivetrains elétricos, eles estão contando com o apoio da Audi e do Grupo Volkswagen, que promove a eletromobilidade em seus carros ao redor do mundo, com investimentos de mais de 1 bilhão de euros.
“Sim, discutimos muito com os técnicos na Alemanha“, revelou o diretor geral da Ducati, Gigi Dall’Igna ao Speedweek. “A coisa mais difícil é que você tem que construir uma moto bastante pesada. Esse não é o normal de uma máquina de corrida. Mas acho que encontramos um bom equilíbrio nesse projeto como um todo. Estou feliz com os resultados que alcançamos até agora.“
Dall’Igna garante que a Ducati produzirá uma bateria mais leve: “Nossa moto certamente será mais leve. O peso será um pouco mais de 200 kg. No momento, estamos perseguindo o objetivo de alcançar o mesmo alcance que o fornecedor anterior de motos da MotoE. Mas no futuro queremos aumentar a autonomia“, afirmou. Os tempos de volta da Moto3 serão finalmente batidos, perguntou o Speedweek. “Esse é o nosso objetivo“, respondeu Dall’Igna.
Mas o inventivo diretor da Ducati, responsável pela corrida tecnológica que se instaurou na MotoGP também afirma que o objetivo da marca não é substituir os motores a combustão: “Com a tecnologia atual, é impossível construir uma MotoGP com acionamento puramente elétrico. Para ser honesto, essa também não é nossa intenção“, garante.