O incêndio que devastou os equipamentos da MotoE na semana passada atrasará a estreia da categoria elétrica por mais tempo do que se esperava. Além da primeira etapa, a segunda, na França também não deve acontecer.
O incêndio, que aconteceu logo após os pilotos encerrarem uma sessão de testes no circuito de Jerez destruiu absolutamente tudo: motocicletas, carregadores, material de equipamento e peças de reposição. A causa ainda não foi definida, mas especula-se que fora um curto-circuito.
A Dorna, no entanto, apressou-se em dizer que não havia motocicletas sendo carregadas naquele momento e que a origem do incêndio ocorreu na bateria de um desses carregadores. “Todo o material utilizado ainda está em desenvolvimento e essas coisas podem acontecer“, disse Nicolas Goubert, CEO da MotoE.
Como era de se esperar, levará tempo até que todo o paddock seja reconstruído e principalmente que a fabricante Energica consiga aprontar 18 novas unidades do modelo Ego Corsa. Dessa forma, os organizadores confirmaram que não apenas a primeira etapa em Jerez (em 5 de Maio) foi cancelada, mas também a segunda, que aconteceria em Le Mans, na França, no dia 19 do mesmo mês.
Assim, o campeonato, que já contava com somente cinco etapas, foi reduzido a apenas três, todas em solo europeu. Se tudo ocorrer conforme o previsto, a estreia finalmente deve ocorrer em 7 de julho no Grande Prêmio da Alemanha, no circuito de Sachsenring.
O incidente também reacendeu a discussão sobre o maior risco de incêndio dos veículos elétricos. Suas baterias são alimentadas por lítio (assim como os diversos dispositivos eletrônicos domésticos que temos), elemento conhecido por pegar fogo em sua fase de testes, antes de as fabricantes conseguirem estabilizá-lo.
Os representantes da Energica, no entanto, ressaltaram o seu histórico de segurança após dez anos de produção: “Nem um único dos nossos clientes experimentou um problema deste tipo e, em dez anos de atividades no sector dos veículos eléctricos, nunca tivemos um único problema de segurança, nem mesmo em Jerez”, revelaram em um comunicado. “Estamos, portanto, confiantes e não preocupados com o nível de segurança de nossos veículos, tanto na estrada quanto na pista”.