Depois de ter sido o terceiro mais rápido nos testes coletivos de Jerez, Miguel Oliveira encerrou a pré-temporada da Moto2 otimista. O português disse que o chassi KTM que vai estrear na classe intermediária tem se mostrado muito bom.

Oliveira, que foi vice-campeão da Moto3 em 2015 debutou na Moto2 no ano passado sendo um dos novatos mais rápidos. Agora o piloto de 22 anos será o líder da KTM que faz a sua estreia na classe intermediária, apesar do motor continuar a ser Honda para todas as equipes.
“As pessoas têm feito muitas perguntas, mas minha resposta é a mesma. Acho que o motor na moto faz muita diferença. Ele afeta o comportamento do quadro muito mais do que o próprio quadro. Então, com certeza, assim que pilotei havia muito mais rigidez envolvida e nós meio que tivemos que contornar esse problema mexendo da geometria, suspensão e tudo o mais. Mas tudo reage bastante semelhante ao quadro Kalex, o que é positivo. Até agora não tivemos grandes problemas que nos fizessem pensar em construir outro quadro ou outro braço oscilante.” (Miguel Oliveira)
Na entrevista concedida ao jornalista David Emmett do site MotoMatters, Oliveira foi questionado a responder sobre os pontos positivos e negativos do chassi. O português, no entanto prefere correr em outras pistas (além de Jerez) para fazer uma melhor avaliação.
“Então, no momento eu acho que precisamos entrar em outras pistas com pneus diferentes, especialmente, com nível diferente de aderência e tentar ver o que está saindo. Com certeza vamos encontrar alguma fraqueza na moto, mas para nós, no momento descobrir que pelo menos nesta pista a moto é muito boa nos deixa um pouco mais calmos. Esta pista é bastante especial e se conseguirmos fazer a moto funcionar aqui, geralmente funcionará em outras pistas também.”
Além da carreira de piloto, Oliveira ainda faz faculdade de odontologia. O português revelou os motivos de tanto esforço: “Não é questão de dinheiro. Sempre tive a ideia, transmitida pelo meu pai, de que é necessário ir à escola, aprender algo e ter um trabalho normal”, explica. “Nunca se sabe o que pode acontecer no futuro. Hoje você é lembrado, amanhã você não é ninguém. Portanto, é fácil para as pessoas esquecerem quem você é, apontou.