A MV Agusta anunciou hoje (17) que está de volta ao Mundial de Motovelocidade após 42 anos de ausência, através de uma parceria com a Forward Racing, a equipe de Eric Granado, até temporada 2022.
Além das quatro temporadas garantidas, existe ainda uma opção de renovação para outras quatro, mostrando que o compromisso da MV Agusta é sério e de longo prazo. De acordo com Giovanni Cuzari, líder da Forward, a amizade com o CEO da marca, Giovanni Castiglioni possibilitou essa união.
“Não é apenas uma operação de marketing“, disse Cuzari, dono da Forward ao GPone. “Lembro dele ainda criança e quando usei as cores da MV Agusta nas minhas motos, no ano passado, já estávamos pensando neste projeto. Demorou mais do que o esperado, alguns tentaram nos dificultar, mas estamos prontos para começar” garantiu.
O esquema da MV Agusta será parecido com o da KTM na Moto2: construir um chassi próprio que utilizará um motor padronizado, o tricilíndrico de 765cc fornecido pela Triumph. A moto será testada pela primeira vez em julho.
E, apesar do que possa parecer, a fabricante de chassis Suter não está fora da Forward. Os suíços, que vem tendo muitos problemas com o modelo desse ano irão colaborar na concepção da nova moto e fornecer o braço oscilante.
Entre os anos 1960 e 1970, a MV Agusta dominou o Mundial de Motovelocidade. Com o italiano Giacomo Agostini, até hoje o maior nome do campeonato, a marca de Varese ganhou cinco títulos mundiais nas 350 e 500cc entre 1968 e 1972. Estão ausentes desde 1976.