Uma motocicleta experimental elétrica conseguiu pela primeira vez superar as 200 mph (329 km/h) no Deserto de Bonneville, nos Estados Unidos. Eles quebraram o recorde anterior que já duravam oito anos.
A conquista foi feita pela equipe japonesa Mobitec, que tentava superar o recorde de Chip Yates estabelecido em 2011 (306,74 km/h). No ano passado, eles chegaram muito perto, mas a empreitada acabou em um grave acidente com o piloto Kaz Mazutani.
Ainda em recuperação de suas lesões, Mazutani foi substituído pelo conterrâneo Ryuhji Tsurata, que conseguiu superar as 200 milhas por hora em ambos os sentidos do deserto, conforme exige o regulamento da competição.
Na primeira passagem, Tsurata atingiu 204.629 mph (329,319 km/h), enquanto que na volta foram registrados 204.484 mph (329,085 km/h), suficientes para ratificá-las como um recorde mundial endossado pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
O caminho para o sucesso não foi fácil para a equipe de Nagoya. O projeto levou cinco anos para atingir esse nível. A motocicleta foi inscrita na Categoria 1, divisão A, para modelos movidos a eletricidade (ou solar), com mais de 300 kg, sem carroceria aerodinâmica e com o piloto visível.
O deserto de Bonneville, localizado no estado de Utah nos Estados Unidos, é o local ideal para bater recordes de velocidade. Com 260 km² de terreno plano quase sem irregularidades, você pode acelerar e frear sem o perigo de atingir nenhum objeto. A maior velocidade já registrada em uma moto foi de 605.697 km/h, estabelecida por Rocky Robinson em 25 de setembro de 2010.