A mudança de Jorge Lorenzo para a Suzuki poderá ser bancada pela Monster Energy, conhecida marca norte-americana de bebidas energéticas. O objetivo seria preencher a lacuna deixada pela equipe Tech3, que irá para a rival Red Bull através da KTM em 2019.
A história ganhou força em forma de boato através de vários meios de comunicação espanhóis no Grande Prêmio da Espanha, realizado no último final de semana em Jerez, uma etapa que viu o clima entre Lorenzo e a Ducati piorar ainda mais.
Durante a corrida, Lorenzo e seu companheiro de equipe Andrea Dovizioso disputavam a segunda posição, quando se chocaram na 15º volta em um acidente que também vitimou Dani Pedrosa, da Honda.
De acordo com observadores no paddock, Lorenzo estaria insatisfeito com a motocicleta, enquanto que e a equipe já teria perdido a paciência com a falta de resultados do espanhol, piloto pela qual pagou 25 milhões de euros por duas temporadas.
Sem lugar na Honda, Yamaha, Ducati e KTM, que já definiram seus rumos para 2019, Lorenzo só teria como opção a Suzuki, que também não está satisfeita com o desempenho de seu principal piloto, Andrea Iannone.
O maior problema é que o orçamento da Suzuki não permite o pagamento do salário de Lorenzo, atualmente o maior do grid. É aí que a história poderia mudar, graças à entrada da Monster Energy na jogada.
Fortemente associada à Tech3 desde 2009, a Monster irá perder boa parte de sua visibilidade, porque tanto a equipe quanto seu principal piloto Johann Zarco irão defender as cores da KTM – e da Red Bull – em 2019. Isso deixaria a marca norte-americana com um papel secundário na MotoGP.
Dinheiro é algo que não falta atualmente na Monster Energy. A marca que atualmente chama-se Monster Beverage Corporation (e também detém as empresas Burn, NOS Energy Drink, Relentless entre outros) fechou 2017 com $ 820 milhões de dólares de lucro líquido ($ 712 milhões de 2016).
No âmbito esportivo, a Suzuki também é uma aposta muito interessante para Lorenzo. A GSX-RR é conhecida por sua ótima ciclística, semelhante à Yamaha YZR-M1 com a qual estava acostumado. A marca também vem de três pódios consecutivos sendo a única a conseguir acompanhar Honda e Ducati.
No lado da Ducati, o chefe da divisão esportiva Davide Tardozzi disse em Jerez aos alemães do Speedweek que a prioridade no momento é assegurar os serviços de Dovizioso. Se Lorenzo não renovar, eles já teriam duas cartas prontar para assumir sua posição: Danilo Petrucci ou Jack Miller, ambos da equipe satélite Pramac.