A MV Agusta anunciou números espetaculares para os modelos Lucky Explorer, que marcam a volta da fabricante italiana ao terreno adventure com uma forte carga nostálgica.
Anunciada no Salão de Milão, a linha Lucky Explorer é composta de dois modelos: 5.5 (550cc produzida em parceria com a QJ Motor) e 9.5 (930cc), que tem o mesmo motor de três cilindros em linha da F3 800. De acordo com o CEO da MV Agusta, Timur Sardarov, mais de 5.000 já foram vendidas e há outras 15 mil encomendadas.
“A nova Lucky Explorer que será construída aqui em Varese já recebeu 15 mil encomendas. Na prática, dois anos de trabalho“, disse Sardarov ao diário italiano Il Sole 24 Hore. “Uma vez superados os obstáculos da pandemia e as restrições na cadeia de suprimentos, poderemos aumentar significativamente nossos índices de produção.“
A MV Agusta, que passou por maus bocados na década de 2010, quando foi abandonada pelo grupo Daimler-Benz e chegou a estar ameaçada de fechar as portas, agora olha para o futuro com otimismo, depois que foi adquirida por Sardarov, líder de um grupo de investimentos russo e fã da marca.
“Estou aqui para ficar e o objetivo para 2025 é trazer a MV Agusta para o mercado de ações“, revelou Sardarov. “Uma empresa com 350 milhões de faturamento com um ebitda de, pelo menos, 50 milhões, e uma participação que também envolverá funcionários. Aqui encontrei uma importante ética de trabalho: vejo uma grande paixão pelo que se faz e um forte compromisso, além das minhas expectativas.“
O projeto “Lucky Explorer” é inspirado na participação da Cagiva no Rali Dakar nos anos 1980 e 1990. O projeto se desenvolverá, inicialmente, através de canais digitais para depois fluir para o “mundo real” e focar no lançamento das duas motos, o que deve acontecer no primeiro semestre desse ano.