A Marc VDS poderá contar com dois pilotos na próxima temporada da MotoGP. Além do praticamente confirmado Esteve ‘Tito’ Rabat, a equipe belga poderá disponibilizar uma Honda para Jack Miller.
O australiano, que realiza sua primeira temporada na MotoGP (sendo a terceira melhor moto Open) vai deixar a LCR-Honda que atravessa graves problemas financeiros. O time de Lucio Cecchinello perdeu seu principal patrocinador no meio do ano e terá novamente apenas uma moto em 2016, para Cal Crutchlow.
Só que Miller não tem contrato com a LCR e sim com a HRC, a divisão de corridas da Honda. Os japoneses tem um acordo de três anos com o vice-campeão da Moto3, sendo assim obrigada a encontrar um assento ao piloto para a próxima temporada.
Segundo o diário alemão Speedweek, os dois milhões de euros que a HRC gastam com Miller anualmente devem ser suficientes para cobrir o aluguel da moto, os honorários do piloto e parte dos técnicos (encabeçados por Cristian Gabarrini). Assim a Marc VDS teria apenas que cobrir os custos operacionais, ou seja, viagem, estadia, etc.
Miller ainda conta com o apoio da Dorna, que deseja manter um australiano bem colocado na MotoGP a qualquer custo. O país investe muito dinheiro em direitos televisivos e na corrida de Phillip Island, uma fonte de renda que a promotora do campeonato mundial não quer perder.
O que não ficou claro é se Miller teria uma moto Factory ou Open. A Honda coloca apenas quatro RC213V na pista, duas oficiais e duas privadas. A princípio, uma está destinada à Crutchlow enquanto a outra será do primeiro piloto da Marc VDS (provavelmente Rabat). Entretanto, a LCR ainda não confirmou se terá orçamento suficiente para ter a moto, que pode acabar ficando nas mãos de Miller.
O curioso é que Miller já teve contrato assinado com a Marc VDS. No ano passado, enquanto liderava o campeonato de Moto3, o australiano firmou um acordo com a equipe para correr na Moto2 em 2015 e 2016. Na última hora, no entanto, o piloto desistiu, para pular diretamente à MotoGP com a LCR-Honda.