Ao contrário do que se imaginava, Jack Miller ainda não tem a confirmação da Yamaha de que correrá na Pramac em 2026. O australiano disse que está cansado de esperar e busca outras opções, inclusive fora da MotoGP.
Miller falou ao Speedweek durante o primeiro dia de reconhecimento ao novo circuio de Balatonring, na Hungria: “Algumas chicanes são super apertadas, mas também há curvas com um visual muito bom. Um novo país, uma pista nova e única no calendário que agora precisamos aprender.”
Depois, questionado sobre o seu futuro, Miller falou, sem rodeios, especialmente depois da Yamaha ter ido muito mal no último Grande Prêmio na Áustria, onde o australiano chegou em último, 35 segundos atrás do vencedor Marc Márquez.
“Não sei qual é a estratégia da Yamaha. Mas tenho outras opções e terei que segui-las agora”, avisou. “Não há vagas aqui no paddock [de MotoGP]. Já esperei tempo demais. Ou eles querem que eu continue, ou não querem, é simples assim“, exclamou.
Aos 30 anos, Miller é apreciado pelo estilo agressivo e por ser australiano, o que ajuda a manter o Grande Prêmio da Austrália em Phillip Island. Mas, com poucas alternativas na MotoGP, o piloto pode estar à caminho do WorldSBK. Há vagas na equipe de fábrica da Ducati, Honda e BMW.
“Quanto mais tempo demora, mais nomes surgem, mais você tem a sensação de ser indesejado. Me comprometi a desenvolver o [motor] V4 com a Yamaha e sinto que posso agregar valor ao projeto. Mas se a Yamaha não reconhecer esse valor, então eu entendo e farei outra coisa”, disse Miller.
Até então, o piloto mais cogitado para sair da Yamaha era o companheiro de Miller, Miguel Oliveira. Ambos não estão confirmados para 2026. Mas, com a saída do australiano e a aproximação de Diogo Moreira da Honda, parece que o português permanece no páreo.