Além de estrear em uma equipe nova, com uma moto nova, Miguel Oliveira terá a pressão extra de correr a primeira etapa do ano em casa, no GP de Portugal. O piloto da RNF Racing, entretanto, tenta manter os pés no chão.
Oliveira venceu a primeira corrida realizada no Autódromo Internacional do Algarve, em 2020, quando ainda corria pela equipe satélite Tech3 KTM, o que o transformou em ídolo nacional. Mas o piloto de 27 anos avisa que será muito difícil repetir o feito agora.
“Definitivamente farei o meu melhor, mas não acho que seria muito realista se eu sentasse aqui e dissesse: ‘Sinto-me ótimo e com o campeonato começando em Portugal, acho que estou em uma ótima posição para ganhar.’ Claro que seria fantástico, mas será muito difícil. No entanto, também não estou descartando essa possibilidade“, comentou Oliveira.
“A verdade é que tudo pode acontecer. Mas quero entrar no fim de semana com o objetivo de conhecer melhor a moto e me preparar bem para a corrida. Então veremos o que acontece. Se estivermos em posição de lutar, lutaremos. Caso contrário, não vou levar isso tão a sério e apenas tentar fazer o meu melhor e ainda dar um bom resultado à equipe e um bom fim de semana”, concluiu.
A esperança dos portugueses é que Oliveira agora terá uma Aprilia, a única moto que se mostrou capaz de acompanhar a Ducati nos testes pré-temporada realizados em Sepang e em Portimão. Mas o português ainda não sabe definir onde os italianos estão melhores.
“Eu gostaria de uma resposta para isso. Seria fantástico se, depois de cinco dias de testes com a Aprilia, eu já soubesse o que falta”, disse. “A Ducati tem uma moto forte. Eles freiam bem, viram melhor e aceleram mais rápido. Eles certamente têm suas fraquezas, mas do jeito que estão jogando no momento, é muito difícil ver onde eles estão fracos. Espero que na corrida tenhamos uma ideia mais clara do que precisamos trabalhar”.
O chefe da RNF Racing, Razlan Razali também não consegue disfarçar a ansiedade. “Não posso negar que queremos urgentemente obter bons resultados e ser competitivos“, disse. “Este fim de semana, o GP em casa do Miguel é provavelmente a melhor oportunidade para criar algo mágico”. Razali vem de dois anos difíceis, quando a equipe ainda chamava-se Petronas SRT.