Os testes de Sepang tiveram um gosto agridoce para Miguel Oliveira, que está no difícil período de adaptação a uma nova moto e a uma nova equipe, a RNF Aprilia. O português acha que ainda precisa se livrar de alguns hábitos que vieram da KTM.
Oliveira encerrou o segundo dia de testes em uma encorajadora segunda posição, atrás apenas de Jorge Martin (Pramac Ducati). No terceiro e último dia, no entanto, o piloto de 28 anos viu diversos pilotos o superarem, inclusive o seu companheiro de equipe, Raul Fernandez.
“Tenho sentimentos mistos. Coloquei muito trabalho na moto, mas da última vez o ataque não parecia natural. Tentei forçar alguma coisa e, como resultado, não consegui usar o pneu novo. Isso foi um pouco frustrante”, disse após os testes. “Mas nosso potencial é maior do que as listas de resultados mostraram.“
Sobre o desempenho de Fernandez, Oliveira disse: “Raúl só rodou na KTM por um ano e, ao contrário de mim, não mudou completamente seu estilo de pilotagem. Por outro lado, ainda tenho que quebrar alguns hábitos que desenvolvi nos últimos quatro anos na KTM porque eles não funcionam na Aprilia.“
Como equipe satélite da Aprilia, a RNF também tem suas restrições: “Ainda não testei nenhuma peça de 2023. Também não sei se essas são melhores. Nosso foco deve ser tirar o melhor proveito do nosso pacote atual“, limitou-se a dizer.
Por fim, Oliveira fez um balanço do que espera da temporada: “Não tenho ideia de quem vai vencer o campeonato no final. Depois do teste, só estou mais confuso. As motos da Ducati são boas, vai ser uma temporada muito emocionante”. Vale lembrar que a Aprilia (de fábrica) foi a única a conseguir acompanhar o ritmo das Ducati.