Com sua nova ausência do GP dos EUA, no próximo fim de semana, Miguel Oliveira é o segundo piloto que mais perdeu corridas por lesão nos últimos três anos. Uma situação que começa a ficar preocupante para a estrela portuguesa.
Abalroado por Fermin Aldeguer (Gresini Ducati) durante a Sprint Race do GP da Argentina, Oliveira (Pramac Yamaha) foi impedido de correr até que exames mais completos fossem realizados. O que só aconteceu quando o português voltou à Europa.
Quando isso aconteceu, eis o resultado: uma luxação da articulação esternoclavicular juntamente com uma lesão ligamentar, suficientes para tirá-lo do GP dos EUA, que acontece no próximo final de semana e talvez das próximas etapas. A Yamaha está hesitante em dizer quando ele retornará.
O GP dos EUA será a 11ª corrida que Oliveira perde devido a lesão desde 2023, curiosamente desde que deixou a KTM, a fabricante que patrocinou boa parte de sua carreira. De lá para cá, foram cinco contusões diferentes e quatro delas não foram for sua culpa.
No GP de Portugal de 2023, Oliveira brigava pela segunda posição quando um desgovernado Marc Márquez (Honda) o derrubou fazendo com que perdesse o GP da Argentina na sequência. Poucos meses depois, foi a vez de Fabio Quartararo (Yamaha) derrubá-lo no GP da Espanha.
Ainda no FP1 do GP da Indonésia de 2024, uma falha mecânica na Aprilia resultou em uma fratura no pulso direito, o que o impediu de disputar os GPs do Japão, Austrália, Tailândia e Malásia, um total de oito corridas, somadas as sprints e provas normais.
Apenas Alex Rins (Yamaha) tem um saldo pior que Oliveira, 16 ausências, a maioria delas em decorrência de um grande acidente na Sprint Race do GP da Itália de 2023, que lesionou seriamente a sua perna direita. Não por acaso, o espanhol também vem se recuperando lentamente desde então.
Depois de Rins e Oliveira, os pilotos com mais ausências são Enea Bastianini e Pol Espargaró com oito, Joan Mir com seis e Marc Márquez com cinco. O octacampeão sabe bem o que é isso, tendo feito quatro cirurgias devido a inúmeros acidentes entre 2020 e 2023.
“Acredite, a pior punição para um piloto é se machucar e perder corridas”, disse Márquez em uma ocasião. Além disso, as lesões podem abreviar a carreira de um piloto, como muitas vezes já aconteceu no passado, ainda mais em um piloto na idade madura de 30 anos no caso de Oliveira.