Miguel Oliveira, não tem absolutamente nada de positivo a dizer sobre o GP da Índia, realizado no último fim de semana no circuito de Buddh. O astro português não sabia como ele e a sua Aprilia poderiam ser mais rápidos.
A miséria de Oliveira (RNF Racing) começou ainda nos treinos de sexta, onde ficou apenas em 17ª. Na classificação de sábado, o português ficou apenas em 19ª, 1s5 atrás do pole position Marco Bezzecchi (Ducati). A corrida principal foi finalizada na 12ª posição, após muitas quedas de outros pilotos.
“Eu realmente tenho que dizer que não fui competitivo durante todo o fim de semana”, admitiu Oliveira. “Isso foi confirmado novamente na corrida de domingo. Foi realmente o primeiro fim de semana desta temporada em que me senti completamente sem chance de desempenhar qualquer papel sério”.
Oliveira suspeita de um problema nos pneus: “Para realmente ficarmos mais rápidos, tivemos que torturar o pneu dianteiro desde o início. É claro que isso não pode funcionar bem no longo prazo. A harmonia entre a carcaça do pneu e a configuração do chassis era absolutamente terrível. Acelerar era extremamente problemático, especialmente em curvas lentas“, explicou.
Oliveira foi o último piloto da Aprilia a cruzar a linha de chegada na Índia, atrás até do seu companheiro de equipe, Raul Fernandez (10ª), algo bastante incomum. O lusitano se mostrou um tanto irritado com o potencial da sua RS-GP 2022 para as próximas corridas.
“Estou mais me perguntando como queremos ser mais rápidos nas próximas corridas com esta base”, admitiu Oliveira. “No Japão teremos pneus diferentes, mas na Tailândia teremos os mesmos pneus que na Índia por causa do calor. Vai ser difícil lá. Não posso colocar a mão no fogo de que lá estaremos melhores.“
Nem Raul Fernandez saiu satisfeito da Índia: “Agora precisamos de um pouco mais de ajuda da Aprilia. Teremos que melhorar a nossa moto em algumas áreas“, disse. Aleix Espargaró, piloto principal da marca revelou que a moto perde desempenho em climas muito quentes, como foi o caso desta etapa.