Max Biaggi não demorou muito para voltar atrás na decisão de não pilotar mais motos. O italiano anunciou essa semana que irá tentar quebrar um recorde de velocidade com uma motocicleta elétrica no verão de 2020.
Biaggi, que estava afastado de qualquer envolvimento com pilotagem desde o sério acidente de Dirty Track que sofreu em 2017 revelou que irá pilotar uma Voxam Wattman (modelo criado pela empresa monegasca Venturi) no deserto de sal de Uyuni, na Bolívia.
Seu objetivo será acelerar além de 327,608 km/h e superar o recorde estabelecido por Jim Hoogerhyde, com uma Lightning SB220 em 2013. Questionado a respeito dos riscos, Biaggi confessa que não conseguiu negar o convite.
“Eu sempre amei desafios“, disse Biaggi. “Quando meu amigo Gildo Pastor veio me ver com seu plano para bater o recorde mundial de velocidade com o time Voxan Wattman, eu obviamente disse sim“, admite.
“Gildo é especialista e pioneiro no campo da mobilidade elétrica. Com sua paixão, a Venturi Automobiles alcançou vários recordes e marcou uma série de marcos mundiais. Tenho orgulho de dar este novo passo em minha carreira, com as cores da Voxan e da Venturi, com quem já comecei a trabalhar“, revela.
Segundo a Venturi, a sua motocicleta elétrica tem uma potência de 200 cv e o impressionante torque de 20,39 kgf.m a 10.500 rotações. É o suficiente para impulsioná-la de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos, sendo que a 5s9 já está a 160 km/h, apesar de pesar 350 kg.
Biaggi entrou para a história ao conquistar quatro títulos mundiais nas 250cc (hoje Moto2) e estabelecer uma forte rivalidade com Valentino Rossi no começo dos anos 2000. Apesar de seu enorme talento, o romano nunca foi campeão na Classe Rainha, mas conseguiu chegar lá duas vezes no Mundial de Superbike, em 2010 e 2012. Atualmente vinha atuando apenas como chefe de equipe na Moto3.