Como o esperado, Max Biaggi e a equipe Venturi conquistaram 11 novos recordes de velocidade com uma motocicleta elétrica na França, no último final de semana. Em sua melhor passagem, o italiano atingiu 408 km/h.
A empreitada de Biaggi e da Venturi foi anunciada há mais de um ano e deveria ter acontecido no deserto de sal de Uyuni, na Bolívia. Mas as restrições da pandemia colocaram a equipe em modo de espera.
Ávido para celebrar os 20 anos de história da Venturi, empresa monegasca que compete na Fórmula E, com passagens pela Fórmula 1 nos anos 1990, o presidente Gildo Pastor teve a ideia de realizar as provas no aeródromo de Châteauroux, onde eles já haviam realizado testes.
Depois de um dia ajustando as motos, Biaggi partiu na manhã de sábado (31) para tentar o recorde principal na categoria principal, “motocicleta elétrica parcialmente aerodinâmica acima de 300 quilos”. Nessa classe, o tetracampeão das 250cc e bicampeão do WorldSBK atingiu 366,94 km/h, destronando a marca anterior, 329 km/h.
Para validar os recordes, fiscais da FIM estavam presentes para estabelecer uma série de critérios. A velocidade foi medida a partir de uma largada lançada em 1 milha em direções opostas, em um período de duas horas. De acordo com os regulamentos, a velocidade final é a média das duas velocidades registradas nessas duas corridas. Mas no velocímetro do GPS, a melhor passagem atingiu 408 km/h (254 mph).
Na sexta-feira (30), uma versão não streamliner da motocicleta, sem carenagem, também garantiu um recorde nas mesmas condições, 1 milha em direções opostas, em um período de duas horas. Mais uma vez, a velocidade final foi a média das duas velocidades registradas nessas duas corridas: 349,38 km/h (372 km/h na melhor passagem).
“Quando Gildo Pastor, presidente do Grupo Venturi, me abordou sobre esse projeto, fiquei curioso, muito motivado e ao mesmo tempo um pouco inseguro. Dito isso, logo após nosso primeiro encontro, percebi rapidamente que, como Gildo, suas equipes eram movidas por uma incrível crença e determinação“, disse Biaggi. “Eles me disseram ‘chegamos perto de 600 km/h em quatro rodas e agora queremos flertar com 400 km/h em duas rodas, nada vai nos impedir!’ Esses recordes me deixam feliz! Estou orgulhoso da equipe e muito feliz por trazer esses títulos de volta à Mônaco!“
As motos são impulsionadas por motores elétricos que geram 270 kW (367 cv) de potência. Os sistemas de controle são derivados do carro de Fórmula E. A lista completa de recordes estabelecidos está descrita abaixo. E Eles pretendem conquistar mais até o final de 2022.
– ¼ de milha, largada lançada, modelo parcialmente aerodinâmico: 394,45 km/h (245,10 mph); nenhum recorde anterior
– ¼ de milha, largada lançada, modelo sem aerodinâmica: 357,19 km/h (221,95 mph); nenhum recorde anterior
– 1 km, largada lançada, modelo parcialmente aerodinâmico: 386,35 km/h (240,07 mph; recorde anterior: 329,31 km/h (204,62 mph)
– ¼ milha, largada parada, modelo sem aerodinâmica: 126,20 km/h (78,42 mph); nenhum recorde anterior
– ¼ milha, largada parada, modelo parcialmente aerodinâmico: 127,30 km/h (79,10 mph); recorde anterior: 87,16 km/h (54,16 mph)
– 1 km, largada parada, modelo sem aerodinâmica: 185,56 km/h (115,30 mph); nenhum recorde anterior
– 1 km, largada parada, modelo parcialmente aerodinâmico: 191,84 km/h (119,20 mph); recorde anterior: 122,48 km/h (76,11 mph)
– 1 milha, largada parada, modelo sem aerodinâmica: 222,82 km/h (138,45 mph); nenhum recorde anterior
– 1 milha, largada parada, modelo parcialmente aerodinâmico: 225,01 km/h (139,81 mph); nenhum recorde anterior