Apesar da vitória de Pecco Bagnaia, o assunto do dia no GP da Holanda foi a desistência voluntária de Marc Márquez, a segunda consecutiva. E já se fala que o espanhol pode deixar a Honda antes do término de seu contrato no fim de 2024, algo que até seu chefe, Alberto Puig não descarta.
Márquez sofreu dois novos acidentes nos treinos para o GP da Holanda, sem gravidade é verdade, mas que aumentaram o clima de insatisfação nos boxes da Repsol-Honda. O espanhol conseguiu apenas a 17ª posição no grid de largada, mesmo lugar em que chegou na Sprint Race ontem (24).
Na manhã desse domingo (25), Márquez foi em direção ao Centro Médico dizendo que não se sentia pronto para correr a corrida principal, com uma lesão no dedo fraturado em Sachsenring e com uma costela trincada. Os médicos, então, o consideraram inapto.
A imprensa espanhola já especula que Márquez estaria tentando rescindir o seu contrato com a Honda Racing Corporation (HRC) assinado em 2020 e com validade até 31 de dezembro de 2024. Procurado em Assen, o chefe da equipe, Alberto Puig comentou sobre essa possibilidade.
“Temos um contrato com Marc, mas sobre essa questão devo dizer que acho que cada pessoa é livre para fazer o que quiser na vida. E a Honda respeita muito ele, não é uma fábrica que quer ter pessoas que não estão felizes por estar na Honda“, disse Puig.
E sobre a situação da Honda, Puig não crê em milagres: “Se alguém souber a solução para nossos problemas, será bem-vindo. É claro que não estamos passando por um bom momento, porque temos três pilotos feridos. Se olharmos para os problemas que temos enfrentado ultimamente, essa situação não pode ser revertida da noite para o dia“, admite.
Mesmo que Márquez consiga sair da Honda antes da hora, sua nova equipe é uma grande incógnita. De acordo com a imprensa espanhola, o octacampeão teria mesmo se oferecido à KTM, porém foi rejeitado. Nos escalões da Ducati também não parece haver uma porta para o piloto de 30 anos.