Marc Márquez não se mostra muito entusiasmado com um calendário de 22 corridas. Ainda em recuperação de seu braço direito, o octacampeão acha que é preciso ter um limite: “Não podemos continuar assim”.
Márquez comentou o assunto durante a entrevista coletiva que abriu os trabalhos para o GP da Emilia-Romanha, ontem (21). Recentemente, a MotoGP anunciou o calendário provisório para 2022 contendo 21 etapas (se a pandemia permitir) em circuitos novos na Finlândia e Indonésia.
“Para mim, 20 corridas está bom. 21 no próximo ano está bom, mas não podemos continuar assim. As motos estão mais exigentes fisicamente a cada ano e se houver mais corridas consecutivas corremos o risco de sofrer lesões que afetam o campeonato“, avisou Márquez, que venceu a última etapa nos EUA.
“Para mim, 21 corridas pode ser aceitável, 22 também, mas devemos colocar um limite nas etapas, a Dorna concorda conosco“, continuou o piloto da Honda. “Concordo que temos que ir para outros países, mas se você quiser ir para um novo país, terá que reduzir corridas em outro. Eles têm que encontrar um meio-termo“, opina.
O país com o maior número de corridas atualmente é a Espanha, com quatro etapas por ano, em Jerez, Barcelona, Aragão e Valência. Há anos fala-se que pelo menos uma delas deve cair, mas as dificuldades logísticas impostas pela pandemia deram uma sobrevida a esses eventos.