Ao vencer o GP da Emilia-Romanha no último domingo (24), Marc Márquez fez um gesto sugestivo apontando para o braço direito fraturado no ano passado. O que ele estava querendo dizer?
Depois de muitos sustos nos treinos, Márquez largou apenas na sétima posição e partiu para o ataque na corrida, onde se estabeleceu em segundo atrás de Francesco Bagnaia. Quando o italiano da Ducati caiu nos estágios finais, o espanhol da Honda não deve adversários para impedir a sua terceira vitória no ano.
“Quis dizer que ele [o braço] está voltando, foi um sinal mais para a equipe”, explicou Márquez. “Eles sempre me falam ‘você está com um braço e meio, calma’, e eu digo não, eu tenho os dois, e que estou aqui para competir, não para dar desculpas. Gosto cada vez menos de falar sobre o braço, e só focar. É como é, mas a progressão tem sido boa. [O gesto] é dedicado à equipe.”
Apesar da evidente melhora, Márquez garante que ainda não está 100%. O octacampeão afirma que já estava praticamente desistindo de ultrapassar Bagnaia, quando o italiano caiu. O resultado encerrou o campeonato definitivamente em favor de Fábio Quartararo (Yamaha).
“Bem no momento em que Pecco estava forçando mais, eu estava sofrendo mais, então joguei a toalha naquela volta. Vi que ele estava muito rápido e de repente caiu. ‘Alguém’ decidiu que eu deveria vencer hoje”, disse Márquez. “Essa vitória é diferente para mim, as outras foram em circuitos muito favoráveis ao meu estilo de pilotagem, mas essa não é. Ainda não corro do jeito que gosto, mas, pelo menos, parte da corrida eu consigo. A progressão está sendo vista.“
Com o resultado, Márquez saltou para a 6º posição no campeonato, com 142 pontos. Seu companheiro de equipe, Pol Espargaró também atingiu o melhor resultado do ano, completando a dobradinha para a Repsol-Honda, o que não acontecia desde o GP de Aragão de 2017, com Dani Pedrosa: “Espero que isso seja mais frequente em 2022“, disse.