Marc Márquez admitiu os problemas vividos pela Honda durante os testes coletivos de Losail, no Catar, nos últimos três dias. O espanhol, no entanto, encerrou as sessões com uma sensação positiva.
Márquez, que havia ocupado apenas posições secundárias nos testes de Sepang, foi ainda pior em Losail encerrando o primeiro dia apenas em 6º e o segundo em um distante 14º, a mais de um segundo do líder Fábio Quartararo (Petronas Yamaha), além de ter sofrido um novo acidente.
“Estávamos completamente perdidos no domingo“, admitiu o octacampeão que, assim como os outros pilotos da Honda, não está se dando bem com a versão 2020 da RC213V. “Os pontos críticos da moto aparecem em todas as curvas“, revelou. “Mas esse circuito sempre foi difícil para nós“.
A situação chegou ao ponto de a equipe pegar emprestada a RC213V modelo 2019 de Takaaki Nakagami (LCR-Honda) para o último dia de testes ontem (24). Depois combinarem peças novas e usadas, Márquez estabeleceu a sétima melhor volta, deixando todos claramente mais aliviados.
“Foi um dia intenso. Tentamos analisar tudo o que havia mudado em relação ao ano anterior, incluindo pneus, aerodinâmica, chassi, motor“, disse Márquez ao Speedweek. “Testamos algumas peças de 2019 com a nova. Foi uma mistura de coisas, incluindo o pacote aerodinâmico. Não era apenas uma coisa, eram quatro ou cinco. Era descobrir onde estava o problema e nós o encontramos“, garantiu. “Essa foi a coisa mais importante de toda a pré-temporada, não apenas no dia“.
E Márquez não está satisfeito apenas para si: “acredito que, se todos os pilotos da Honda seguirem nessa direção para a corrida, eles darão um bom passo [à frente]. Eu acho que encontramos a direção. Essa foi a coisa mais importante. Porque ontem estávamos completamente perdidos“, ressaltou.
O resultado também aumentou a confiança de Márquez para a primeira etapa do ano, que acontece nessa mesma pista em 8 de março: “Se a corrida fosse ontem estaríamos brigando pelo oitavo, nono, décimo lugares. Hoje estamos prontos. Talvez não lutemos pela vitória, porque sempre temos problemas no Catar, mas pelo menos estamos prontos“, garante.