Marc Márquez descartou a realização de uma quarta cirurgia no seu braço direito ainda em recuperação do acidente que sofreu no ano passado. Mas suas palavras sugerem que isso chegou a ser cogitado.
Um dos convidados da entrevista coletiva que abre o GP de San Marino, nesse fim de semana, Márquez disse que ainda sente muitas dores em decorrência da agenda apertada das últimas semanas, mas o plano é continuar trabalhando em sua condição física, antes de passar para um suposto “plano B”, que poderia ser uma quarta cirurgia.
“No momento o plano é tentar entender como melhorar nas últimas corridas. De Austin teremos duas semanas nas quais trabalharemos em casa para ver se podemos dar um passo adiante”, comentou Márquez. “Agora venho de um circuito e tenho que descansar três dias para não doer. Depois treino mais dois dias e já estou pegando um avião para outro circuito. Não é assim que trabalhei no passado. Tenho um plano específico e vamos tentar dar certo. O plano A é trabalhar em mim mesmo”, garante.
Desde que voltou às pistas em março, o desempenho de Márquez mostra-se irregular. O espanhol venceu o GP da Alemanha com folga, mas caiu na Áustria e na Inglaterra. Entretanto, o octacampeão vem de uma belíssima disputa com Pecco Bagnaia no GP de Aragão, o que ele considera uma exceção.
“Aragão foi um grande fim de semana, consegui voltar ao pódio e isso nos deu motivação adicional para continuarmos com esse progresso”, lembrou Márquez. “É verdade que aqui em Misano vamos voltar à nossa situação real, que não está muito longe dos pilotos da frente, mas ainda está um pouco longe. Ainda não piloto como quero. No FP1 vou entender onde estou e o que posso alcançar neste fim de semana. O objetivo é estar perto dos pilotos da frente”.
Mesmo pilotando com “um braço e meio” como diz seu chefe, Alberto Puig, Márquez já é o melhor piloto da Honda no campeonato, na décima posição geral com 79 pontos, contra 64 de Takaaki Nakagami, 55 de Pol Espargaró e apenas 49 de seu irmão Alex Márquez.