Marc Márquez tentou explicar os problemas atuais da Honda vividos nos testes coletivos de Sepang, realizados nessa semana na Malásia. O bicampeão disse que houveram progressos mas admitiu que a equipe está longe de onde deveria.
Márquez encerrou os testes com o melhor tempo em 2min00s843, o suficiente para ficar em quinto lugar como o melhor piloto da Honda. No entanto, a diferença para o líder Jorge Lorenzo foi de abissais 1s2. O espanhol disse que a eletrônica é o maior problema, já que a marca foi na direção errada ao interpretar o equipamento, agora padronizado pela Dorna.
“Na quarta-feira fomos capazes de fazer alguns progressos, especialmente no ritmo, porque, ser rápido em apenas uma volta é inútil. Conseguimos um pequeno avanço que me permite manter o ritmo de forma mais fácil, o que é muito importante. No entanto, ainda temos problemas e estamos longe de onde queríamos estar. O que precisamos? É uma grande questão para nós. O meu problema é que a eletrônica está muito longe da forma ideal. Ainda não a compreendemos. Eu disse no ano passado que haveriam fabricantes que rapidamente ficariam em dia com eletrônica e resolveriam os problemas rapidamente, enquanto outros teriam problemas. Temos ido na direção errada, agora temos que retroceder e voltar por um bom caminho. A eletrônica é o fundamental agora, depois disso é que tomaremos decisões com o motor.” (Marc Márquez)
O bicampeão explicou que eles ainda conseguem ser velozes por uma volta, mas em ritmo de corrida, a diferença para a Yamaha varia entre 0s7 e 1s por volta. A Honda trouxe uma nova especificação de motor para Sepang, mas Márquez não conseguiu fazer maiores comparações (com as outras versões) justamente por causa da imprecisão da eletrônica.
“Eu não comparei diretamente os dois motores, me foquei principalmente no novo. Teremos que compará-los de novo, porque no primeiro dia não achei a diferença muito grande. Sem um bom acerto na eletrônica é muito difícil fazer comparações. A boa notícia é que a diferença ao longo dos três dias diminuiu. Existem ainda muitas coisas para entender. Podemos não estar 100% prontos para o GP do Catar, mas vamos lutar, pelo menos para um pódio.”
No ano passado, a Honda também começou o ano com problemas, chegando apenas em quinto e sexto lugares no GP do Catar, a mais de 7s do vencedor, Valentino Rossi. O próximo teste coletivo da MotoGP acontecerá no circuito de Phillip Island, na Austrália, a partir do dia 17 de fevereiro.