Marc Márquez se mostrou preocupado nos comentários prévios ao GP da Itália, que acontece nesse final de semana em Mugello. O circuito é um dos mais fisicamente exigentes e o espanhol admite que ainda não está 100%, com problemas no ombro.
Com quinze curvas de raio longo e a maior reta de todo o calendário (onde as motos ultrapassam os 360 km/h), Mugello não está entre os circuitos preferidos de Márquez, que parece descartar completamente a briga pela vitória esse ano.
“Sei que não será o nosso melhor fim-de-semana, será um circuito difícil para mim. Espero andar bem, mas é um circuito muito exigente para o meu físico. Semana passada eu fiz mais um check-up e meu braço continua melhorando, o que é o mais importante, mas estamos verificando o que está acontecendo com o ombro, que é a minha maior limitação agora“, revelou Márquez. “Preciso entender minha situação, encontrar uma boa velocidade para a minha condição física e terminar o fim de semana. Não é minha intenção forçar muito ou estressar meu físico e minha mente demais. Eu sei onde está o problema.“
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Depois de quase 9 meses afastado, Márquez voltou a correr no GP de Portugal no início de março, onde conquistou a sétima posição. No GP da Espanha, o octacampeão caiu duas vezes nos treinos antes de terminar a corrida em nono. Na França caiu novamente quando estava na liderança.
“Depois de Jerez falamos sobre a possibilidade de voltar a parar, pensamos e falamos com os médicos e tudo o mais“, confessou. “Mas no fim até os médicos disseram que era melhor reintroduzir a MotoGP na minha recuperação porque, no final das contas, você precisa das corridas se quiser melhorar. Ainda não ando bem, não consigo uma boa posição, por isso estou treinando com uma 600cc, não para ir mais rápido, mas para perceber a melhor posição. De imediato me dei conta que não posso pilotar em uma boa posição, porque logo em seguida a dor no ombro aumenta“, explicou.
Márquez, no entanto, também fez questão de tranquilizar seus fãs: “Não quer dizer que meu ombro esteja em más condições, mas tem algo que não está funcionando como deveria, está mais estagnado, e estamos tentando entender porque a dor aumenta nas corridas e depois em casa ainda está presente“, continuou. “Os médicos dizem que é normal, depois de quebrar o úmero, que o ombro ou o cotovelo fiquem afetados. Esse problema está me incomodando mais do que eu esperava ao pilotar e estamos tentando melhorar“.
No campeonato de 2021, Márquez vem apenas na 17º posição com 16 pontos, o seu pior início de temporada desde sua estreia na MotoGP em 2013. A Honda como marca também enfrenta dificuldades: o melhor piloto classificado é Takaaki Nakagami (LCR) em nono com 28 pontos.