Marc Márquez evoluiu consideravelmente no segundo dia de testes coletivos no Catar ontem (20). O octacampeão ficou em quarto, a apenas três décimos do líder Pecco Bagnaia, mas caiu procurando o limite de sua nova Ducati.
Márquez (Gresini-Ducati) foi bem discreto no primeiro dia (19), quando ficou apenas em 16ª. Depois de fazer várias simulações de corrida, o espanhol resolveu atacar nos últimos minutos dos testes de ontem, vindo a cair sem maiores consequências na curva 4.
“Aumentei o risco hoje“, disse Márquez. “Eu pilotei doze voltas em ritmo de corrida e cerca de 18 foram planejadas. Então eu disse a mim mesmo: ‘Ok, onde está o limite com esta motocicleta?’ Talvez eu tenha feito isso onde não tinha permissão para fazê-lo, vi que entrei na curva muito rapidamente e acabei caindo“, explicou.
Mas com exceção de Bagnaia, o único a entrar na casa de 1min50s e de seu companheiro de equipe, Enea Bastianini, um décimo atrás, Márquez conseguiu ser o mais rápido dos demais pilotos da Ducati, inclusive Jorge Martin (Pramac), que tem a mesma GP24 da equipe oficial e ficou em sétimo.
“Até agora, sempre dirigi com muita gentileza e consistência, sem atacar esses últimos décimos de segundo. Sempre dizemos nas corridas: os últimos três décimos são os mais difíceis e agora estou no momento“, continuou Márquez. “Eu fico dois, três e às vezes até quatro décimos atrás dos melhores meninos. Agora eu tenho que entender como me aproximar deles.“
Agora, a pré-temporada da MotoGP está encerrada e os pilotos só voltam a subir em suas motos dentro de quinze dias, no primeiro treino livre para o Grande Prêmio do Catar, a primeira etapa da temporada. As corridas acontecem em 9 e 10 de março.