Luca Marini seguiu a sua curva de aprendizado na Honda ao participar do shakedown da MotoGP ontem (3) em Sepang. O italiano tentou explicar o comportamento da RC213V que já afastou muitos campeões.
Marini e seu companheiro de equipe Joan Mir puderam participar do shakedown devido às concessões que a fabricante recebeu da MotoGP esse ano para treinar mais. Do contrário, eles só voltariam aos testes em 2024 na próxima terça-feira (6) junto com os demais pilotos titulares.
“Testamos vários componentes e tivemos muito tempo para determinar uma direção de desenvolvimento. Conseguimos encontrar pequenas melhorias, mas ainda temos que fazer progressos significativos em termos de desempenho geral“, resumiu Marini sobre o seu primeiro dia de trabalho em 2024.
“A moto é muito fácil de pilotar. É bom dirigir sozinho porque assim você não vê o desempenho dos outros fabricantes“, disse com certa ironia. “Você acha que está fazendo um ótimo trabalho até ver seu tempo de volta comparado ao dos outros pilotos. Mas mesmo que a motocicleta seja agradável de pilotar, você não poderá aproveitar o trabalho se os resultados não forem adequados. Porque se você não vencer, acabará perdendo o prazer de pilotar.“
Marini deu prosseguimento ao desenvolvimento do protótipo 2024 da motocicleta, que experimentou pela primeira vez nos Testes de Valência em novembro. O italiano de 26 anos ficou com a oitava melhor marca a 0s746 do líder, o novato Pedro Acosta (GasGas).
“Comparativamente a Valência, a moto fez bons progressos. Não tive boas sensações em Valência, mas aqui tudo está a caminhar numa direção melhor“, continuou Marini. “Ainda temos que melhorar, especialmente na fase de aceleração e na aderência na roda traseira. Também temos menos experiência na área de aerodinâmica em comparação com outros fabricantes. Mas dou muito feedback aos japoneses e, portanto, espero muito deles.”
A Honda está em peso no circuito de Sepang. Além de Marini e Mir, Johann Zarco e Takaaki Nakagami, ambos da equipe satélite LCR-Honda foram para a pista, assim como o piloto de testes Stefan Bradl, o encarregado de testar em primeira mão as últimas novidades.
“Os próximos três dias de testes serão muito úteis para compreender o verdadeiro nível da nossa moto porque todos os pilotos estarão na pista”, afirma Marini. “Parece que estamos no caminho certo. Estou certo de que os engenheiros têm agora dados suficientes para obter novas informações para o teste e a primeira corrida no Catar.”
Depois de Sepang, os pilotos do campeonato mundial terão apenas mais um teste coletivo, no circuito de Losail, no Catar, entre 19 e 20 de fevereiro. A primeira etapa da temporada 2024 acontece nessa mesma pista entre 8 e 10 de março.