Luca Marini está de volta à MotoGP depois de um mês de ausência devido a um forte acidente em testes no circuito de Suzuka em preparação para a corrida 8 Horas em agosto. Recuperado, o italiano conta que passou por momentos difíceis. “Estava de cadeira de rodas”, disse.
Marini estava escalado para participar das 8 Horas de Suzuka com a equipe de fábrica da Honda, quando caiu com violência na Curva 1 do circuito em uma sessão de treinos livres entre 1 e 2 de junho. O piloto de 27 anos teve que perder as etapas de Aragão, Mugello e Assen.
“Reduzi a marcha da quarta para a terceira. Percebi que estava muito perto do muro e pensei que apenas frear, sem o freio motor, não seria suficiente. Então, quis ir para a segunda curva – que é mais lenta que a primeira. Entre elas, há também uma grande área de escape e uma reta. Quando realizei essa manobra e engatei a terceira marcha, minha roda traseira derrapou. Na verdade, foi um acidente normal. Depois, deslizei de três a quatro metros no cascalho, capotei e bati com força no muro”, disse Marini.
“Passei os dois primeiros dias de cama. Depois, aos poucos, voltei a me movimentar – a princípio, apenas em uma cadeira de rodas”, contou Marini. “Depois, tive que esperar no hospital no Japão até meus pulmões se recuperarem para poder voar de volta. Quando voltei para a Itália, tudo ficou mais fácil. Depois, passei uma semana viajando por toda a Itália para encontrar os melhores médicos para cada área do meu corpo. Depois disso, voltei a treinar. Foram dias exaustivos“, admite.
Há 22 anos, desde o desastre com Daijiro Kato, a MotoGP trocou o sinuoso circuito de Suzuka pelo mais moderno – e seguro circuito de Motegi, ambos de propriedade da Honda. Marini, agora, pode dar a sua opinião sobre a pista lendária, porém perigosa para motos.
“É uma pista muito bonita, no estilo antigo. Ela sobe e desce. Há grama ao lado da pista, o que é bom. Sei que pode ser perigoso, mas no lugar certo, é tranquilo”, disse Marini. “Mas, no momento, uma pista como essa é realmente muito perigosa para nós, porque alcançamos um bom padrão de segurança nas pistas nos últimos anos. Às vezes, você esquece que pode ser muito perigoso. Mas aí, quando você cai, você se lembra disso novamente. Não é muito agradável.”