Luca Marini sentiu pela primeira vez o que é ser um piloto da Honda no GP do Catar realizado ontem. O irmão de Valentino Rossi chegou praticamente em último, mas afirma que colheu informações importantes.
Marini (Repsol Honda) já tinha objetivos modestos antes mesmo do fim de semana começar, pois nos testes realizados no Catar já havia ficado claro que a RC213V não havia se adaptado à pista. O italiano conseguiu apenas a penúltima posição no grid, a mais de 2 segundos do pole position.
Durante a corrida longa realizada ontem (10), Marini só não foi último porque Jack Miller (KTM) caiu ainda na primeira volta e voltou atrás dele. Mesmo assim, o piloto da Honda resolveu usá-lo para fazer algumas experimentações.
“Vi no meu pit board que alguém estava atrás de mim. Aí pensei, como? Até que entendi que tinha que ser o Jack. Então deixei ele passar e tentei segui-lo“, disse Marini, ao Speedweek sem esconder certa ironia. “Agora está claro para mim no que precisamos trabalhar.”
“Jack não era necessariamente mais forte nos freios do que eu. Mas a KTM tem muita aderência na roda traseira, especialmente na entrada da curva. Você pode guiar a moto com muita precisão até o ápice da curva e depois acelerar suavemente. É aí que estou tendo as maiores dificuldades“, revelou.
Mas Marini pede calma: “Precisamos de tempo para testar coisas diferentes. Essa foi apenas a primeira corrida. Devemos manter a calma e saber que o nosso ponto de partida está muito aquém do das motos europeias. Temos que recuperar o atraso, mas é um processo que leva tempo e exige calma.”
Em 2024, a Honda, assim como a Yamaha, tem o sistema de concessões a sua disposição para melhorar. Os motores não foram selados e podem ser modificados a vontade e as equipes também podem treinar livremente ao longo do ano. Privilégios que Ducati, KTM e Aprilia não tem.