Matthieu Lussiana venceu hoje (29) o Grande Prêmio de Curitiba, última etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade (Moto1000GP) em 2015. O francês assumiu a ponta na largada, e só precisou administrar a vantagem para Sebastiano Zerbo e Wesley Gutierrez, segundo e terceiro, respectivamente.

Lussiana, que havia se classificado apenas em quarto (devido a uma queda durante o Q1) deu o “pulo do gato” na largada, deixando Miguel Praia em segundo, Zerbo terceiro e Gutierrez quarto. Apesar das nuvens negras no autódromo em Pinhais, a chuva ficou apenas na ameaça.
Praia, que anunciou a aposentadoria das pistas se esforçou muito para se manter entre os primeiros, mas ainda na primeira volta levou uma ultrapassagem sensacional de Zerbo. O português ainda seria ultrapassado por Gutierrez, ficando na quarta posição.
Zerbo acelerou forte para se aproximar de Lussiana, chegando a ficar a menos de um segundo do francês. O bicampeão, no entanto, tinha a corrida sob controle e conseguiu abrir uma distância segura de 3s, sem cometer erros. Com as quatro primeiras posições estabelecidas, a melhor disputa acabou acontecendo pela quinta posição.
Marco Solorza, Luciano Ribodino e Phillipe Thiriet, que haviam ido bem nos treinos tiveram problemas na corrida e ficaram para trás. Desse modo, o quinto lugar viu uma bela disputa entre Danilo Lewis, o convidado especial Rhalf Lo Turco e Diego Pretel, da categoria EVO.
Os três trocaram diversas vezes de posição, antes de Ribodino se recuperar e ultrapassar todos, se firmando na quinta posição. Lewis ficou em sexto, com Lo Turco em sétimo e Pretel em oitavo. Vitor Moura e Marco Solorza completaram os dez primeiros.
Lá na frente, Lussiana cruzou a linha de chegada em primeiro, com 1s1 de vantagem para Zerbo. Gutierrez completou o pódio, sendo o melhor piloto brasileiro na GP1000, 3º colocado também no campeonato. Praia encerrou a carreira em um bom quarto lugar, seguido de Ribodino e os demais. Confira aqui os resultados completos.
Nunes administra e leva o título na GP Light

A GP Light foi a prova mais importante do dia, pois decidia o título entre Rafa Nunes e Marcelo Dahmer. Entretanto, nenhum dos dois foi protagonista da prova, vencida com grande vantagem por Sharbel Hajjar. Depois de se classificar apenas em quinto ontem (28), o piloto pulou na ponta na largada, posição manteria até a bandeirada de chegada.
Nunes chegou a estar em segundo, mas aos poucos foi sendo superado, por Diogo Ramos, Jean Vieira e Ricardo Negretto, finalizando apenas em quinto. Para sua sorte, o desempenho do seu rival Dahmer foi a ainda pior, tanto que apesar da bela largada (onde pulou de 12º para 5º) finalizou apenas em sétimo. Nunes foi, portanto, coroado o campeão da categoria, com 145 pontos.
Granado encerra ano confirmando domínio

Na GP600, a vitória ficou mais uma vez com Eric Granado. O campeão da temporada já havia largado na pole positon, mas sua partida foi péssima, caindo para a última posição. Entretanto, na quarta volta o paulista já era o líder da prova, ultrapassando Juan Solorza. Contudo, no meio da prova começou a cair uma fina garoa, fazendo com que o argentino não deixasse o líder fugir.
Granado e Solorza, inclusive, chegaram a travar uma bela disputa, se alternando na liderança por algumas voltas. Quando faltavam apenas seis voltas, os dois chegaram lado a lado na primeira curva, sem aliviar. O argentino acabou fora da pista, mas conseguiu manter-se na segunda posição, à frente de Joelsu da Silva, o “Mitiko”.
Granado, portanto, chegou à sua sétima vitória em sete corridas disputadas, conquistando também sete pole positions. Solorza ficou em segundo e Mitiko, com o terceiro lugar garantiu o vice-campeonato da categoria GP600. O paranaense também teve motivos para comemorar, já que ainda se recupera de um acidente e chegou ao pódio mesmo sem treinar ontem, devido à problemas no motor de sua Kawasaki ZX-6R.
Decisão de título polêmica entre David e Kawakami

A categoria iniciante, GPR250 decidia o título entre Brian David, o pole position e Ton Kawakami, que largou apenas em quarto, mas pulou para a primeira posição na largada. A corrida estava sendo frenética, com os dois rivais disputando volta a volta a liderança, acompanhados de um pelotão, composto pelos companheiros das duas equipes, Estrella Galicia e Playstation-PRT.
Tudo estava realmente indefinido até que Kawakami foi tocado por José Duarte em plena reta dos boxes e perdeu o controle de sua Honda CBR250, batendo com violência no guard-rail interno da pista. Felizmente, o piloto não se feriu, mas seu abandono acabou automaticamente dando o título para David.
A vitória acabou ficando com o irmão de Ton, Meikon Kawakami, seguido de Diogo Moreira e José Duarte. O piloto, no entanto foi desclassificado pelo acidente, o que deixou Rafael Traldi no último degrau do pódio. Guilherme Brito foi o quarto e David, sabendo que já tinha o título garantido, cruzou a linha de chegada apenas em quinto lugar.