Com a virada de ano, Luca Marini é oficialmente o novo piloto da Repsol-Honda. O italiano se mostra orgulhoso de fazer parte da equipe que deu três títulos a seu irmão mais velho, Valentino Rossi.
Marini tinha apenas seis anos de idade quando Rossi emplacou o terceiro e último título pela Honda antes de se mudar para a Yamaha. Foi quando tiraram aquela foto com um macacão da Repsol feito sob medida para o futuro piloto.
“Isto é algo incrível, como se fosse o destino”, entusiasmou-se Marini na sua primeira entrevista oficial com as cores da Repsol Honda. “Não me lembro exatamente por que usei aquele macacão, mas lembro-me de ter ficado muito feliz por usar essas cores porque na altura, especialmente naqueles anos, foi incrível – como todos os anos na história do MotoGP com as cores da Repsol Honda foram incríveis. É um grande prazer usá-los agora na MotoGP”, enfatizou.
Sua chegada à Honda Racing Corporation, no entanto, aconteceu da maneira mais surpreendente possível: Após 11 anos e 8 títulos, Marc Márquez decidiu sair rescindindo um contrato que ainda era válido para 2024. Marini é um dos muitos que ficou chocado.
“Foi um choque quando Marc anunciou sua mudança”, confessou Marini. “Com meu grupo, com meu empresário, tentamos encontrar uma maneira de abordar este novo projeto, de tentar melhorá-lo juntos, de fazer uma moto melhor para voltar ao topo e ganhar corridas e títulos. Esse é o nosso objetivo e estou convencido de que haverá momentos muito gratificantes.”
A Honda atual, entretanto, não poderia ter fama pior. A RC213V, tão vencedora pelas mãos de Marc Márquez no passado, é considerada a pior moto do grid, manchando as carreiras de Jorge Lorenzo, Alex Márquez, Pol Espargaró e Joan Mir. Marini, portanto, tenta manter os pés no chão.
“Quero começar com a mente aberta. Precisamos entender a nossa velocidade e potencial após o primeiro teste oficial e encontrar o nosso equilíbrio“, disse o italiano. “Temos que encontrar uma forma de vencer os nossos adversários diretos – em primeiro lugar, os meus colegas de marca que estão na mesma moto. Esse é o primeiro objetivo. Mas também quero olhar para frente e tentar conseguir um pódio ou uma vitória com esta moto. Sei que pode ser difícil, mas temos que olhar para frente.”
Nos testes coletivos de Valência, Marini começou bem, assegurando a décima melhor volta, o suficiente para ficar a frente dos demais pilotos da Honda, Joan Mir, Takaaki Nakagami e Johann Zarco. O italiano já estava testando o protótipo de 2024.