E Luca Marini, o que achou da Honda RC213V deixada por Marc Márquez? O italiano, contratado para recolocar a marca japonesa nos trilhos, trazendo o feedback da Ducati, já tem uma opinião formada.
Marini percorreu quase 300 quilômetros durante o teste coletivo de de Valência realizado na última terça-feira (28), primeiro com o modelo 2023, utilizado por Márquez durante a corrida, e depois o protótipo 2024, visivelmente mais longo e com nova aerodinâmica.
Foi com o protótipo de 2024 que Marini fez a sua melhor volta do teste, 1min29s956, o suficiente para ficar em uma surpreendente décima posição, sete décimos atrás do líder Maverick Viñales (Aprilia) e a frente dos demais pilotos da Honda, Joan Mir, Takaaki Nakagami e Johann Zarco.
Embora Marini não tenha dado declarações à imprensa no final da prova a pedido expresso da equipe VR46 (com o qual ainda tem contrato), o italiano falou de maneira extra oficial com jornalistas da Gazzetta dello Sport, tradicional imprensa italiana.
“Falta definitivamente um pouco de aderência na saída das curvas e na entrada”, disse o piloto de 26 anos ao estabelecer diferenças entre a RC213V e a Ducati GP22 que pilotou na última temporada. “Falta um pouco de tração e aceleração, mas não sei as razões.“
Mas, apesar dos problemas, Marini não achou a moto necessariamente ruim: “é uma bela moto, divertida de pilotar, tem uma excelente entrada em curva“, adicionou. Vale lembrar que Joan Mir também elogiou o protótipo 2024. “Parece que finalmente fizeram algo que funciona“, disse o espanhol.
Sobre o contrato com a Honda, Marini está tranquilo: “É o meu projeto, ir para uma equipe oficial era o meu sonho e o meu objetivo“, disse. “É algo muito normal. Ser irmão de Valentino Rossi não muda nada para mim. Quero trabalhar com a equipe e com a Honda para levá-los de volta onde merecem.“