Após percorrer meia temporada com a outrora poderosa Repsol Honda, Luca Marini já tem opiniões formadas sobre a situação da equipe no momento. O italiano elogiou os esforços dos japoneses, mas disse que eles foram na direção errada com a moto desse ano.
Marini fez um balanço da situação em entrevista aos compatriotas do GPone. Surpreendentemente, o piloto disse que as mudanças na Honda RC213V para esse ano se revelaram erradas e tudo estava melhor no final de 2023, quando ele testou pela primeira vez a motocicleta no teste de Valência.
“No início do ano, pensávamos que estávamos em um nível superior, mas na realidade, a moto desse ano foi um passo atrás em relação à de 2023 e à que experimentei no primeiro teste com a Honda em Valência. Agora, porém, estamos de volta ao caminho certo”, admite Marini.
“Estamos na direção correta, mesmo que ainda demore algum tempo. Esperamos largar em Silverstone em boa posição, também porque a corrida em Sachsenring foi a melhor que fizemos esse ano, então seria bom começar daí”, prosseguiu Marini, que marcou os primeiros pontos do ano na Alemanha.
“Gosto sempre de ver o lado positivo, não estamos onde queríamos, mas tenho visto um grande esforço dos japoneses e de todos os engenheiros que trabalham no projeto. As coisas estão mudando”, efatiza. “É impossível dizer quanto tempo vai demorar, porque estamos mudando coisas a nível técnico e de pessoal, tentando trazer know how de outras realidades para acelerar o processo.”
Por isso, Marini não acha que a Honda vá disputar vitórias em 2025: “Ainda é muito cedo para a Honda e Yamaha”, reconhece. “Hoje em dia, as fabricantes progridem muito todos os anos. Já não estamos mais na época em que elas eram as melhores e permaneciam mais ou menos presas ao projeto que tinham já que estavam vencendo. Agora, nem Ducati, KTM ou Aprilia ficam paradas, elas trazem coisas novas todos os anos e temos que ser melhores do que eles.”
O diretor da equipe, Alberto Puig concorda: “Procuramos fazer o máximo no menor tempo possível. Estamos aproveitando as concessões, a equipe de testes, mas precisamos de um grande passo a frente. Precisamos melhorar a moto, esse é o ponto, sabemos o que está faltando, mas ainda não conseguimos resolver o problema ainda não temos 100% de certeza de como consertar.”