Jorge Lorenzo deu suas opiniões sobre a repentina saída de Maverick Viñales da Yamaha. Para o pentacampeão, o grande motivo é o sucesso de seu companheiro de equipe, Fabio Quartararo.
Lorenzo apareceu, essa semana, como convidado da Super Soco no circuito de Misano, onde deu algumas voltas com uma Yamaha YZF-R1. Os jornalistas italianos do GPone tiveram, portanto, a oportunidade de realizar uma breve entrevista com o espanhol ausente das pistas desde 2019.
“O Maverick deu tudo para vencer com a Yamaha, mas por um motivo ou outro nunca conseguiu. Certamente ter um companheiro de equipe como Quartararo, que está à sua frente não é fácil de gerir do ponto de vista psicológico e penso que sim, pesou muito para ele“, disse Lorenzo.
Lorenzo sabe o que está falando. Quando chegou à Yamaha em 2008 para desafiar (e muitas vezes vencer) Valentino Rossi, o italiano começou a negociar com a Ducati. Em 2016 foi a vez do espanhol se sentir preterido na marca dos diapasões, motivo pela qual correu de vermelho em 2017 e 2018.
“Ele certamente se acha um piloto capaz de vencer um campeonato e que tenta há muitos anos com a Yamaha. Ele falhou por algum motivo e agora quer tentar outra estrada, isso é certo“, continuou. “Eu também fiz isso no passado e desejo-lhe o melhor“, encerrou polidamente.
Sobre sua nova vida, Lorenzo diz que está muito feliz e não pensa em voltar: “depois de tantos anos me dedicando 100% ao meu esporte, agora estou experimentando o que significa ter uma vida boa“, revela. “Como o que quero, durmo quando quero. Quando você para de fazer certos sacrifícios, é realmente muito difícil voltar a fazê-los“, explica.
Sobre ser piloto de testes, Lorenzo confirma que houve uma negociação com a Aprilia que não teve continuidade: “Eles não queriam investir tanto para ter um campeão como eu como piloto de testes“, revela sem falsa modéstia. “Certamente teria custado mais do que outros pilotos que não venceram tanto, então não encontramos um acordo“.