As duas últimas etapas da MotoGP, na Holanda e na Alemanha, realizadas na chuva evidenciaram a fragilidade de Jorge Lorenzo em pista molhada. Entretanto, o campeão do mundo está ciente da situação e planeja mudar o quadro.
Lorenzo foi 10º colocado em Assen e 15º em Sachsenring, somando apenas 7 pontos enquanto o líder do campeonato, Marc Márquez somou 65 (com um segundo lugar e uma vitória) no mesmo período, aumentando consideravelmente a sua vantagem na pontuação.
“Eu tenho que fazer alguma coisa. Eu não sei por que, mas eu tenho que fazer alguma coisa. Com os pneus Bridgestone, mesmo no molhado, eu lutava pela vitória ou pelo top cinco, mas com esta moto e estes pneus tenho muito mais problemas”, disse Lorenzo ainda em Sachsenring. “Nos treinos fui quatro segundos mais lento do que o mais rápido” analisou.
Dessa forma, Lorenzo está planejando treinar com uma moto de cilindrada menor em uma pista artificialmente molhada, técnica que Dani Pedrosa e Tito Rabat utilizam com frequência: “Eu não sei se vai funcionar ou ajudar, mas é a única solução que vejo para recuperar o feeling“, opina Lorenzo.
O baixo rendimento em pista molhada sempre foi uma das principais deficiências de Lorenzo, admitida pelo próprio em diversas entrevistas. No entanto, o espanhol já se saiu bem melhor nessas condições, como a vitória que obteve no Grande Prêmio de Jerez em 2011. Na última corrida chuvosa disputada com pneus Bridgestone, em Motegi 2015, o espanhol conseguiu chegar ao pódio.