Estão crescendo rumores de que Jorge Lorenzo poderá trocar a Yamaha pela Ducati na temporada 2016. O espanhol sairia em busca de novos ares, motivado pelo bom relacionamento com o chefe da equipe italiana, Gigi Dall’Igna.
A temporada 2015 mal começou, mas no paddock da MotoGP já se fala de transferências importantes. A principal delas seria a saída de Jorge Lorenzo da Yamaha, montadora que defende desde que entrou na categoria rainha, em 2008.
Lorenzo, que foi duas vezes campeão com a Yamaha (em 2010 e 2012) estaria insatisfeito com o desempenho de sua moto, YZR-M1. Nas três etapas realizadas até agora, o espanhol chegou duas vezes na quarta posição, enquanto que na última prova na Argentina foi apenas quinto colocado.
Em todas as corridas, Lorenzo foi sistematicamente superado por Marc Márquez, pelas Ducati de Andrea Doviziso e Andrea Iannone, assim como por seu companheiro de equipe e grande rival, Valentino Rossi. O italiano venceu duas provas e lidera o campeonato, com 66 pontos, quase o dobro de Lorenzo, que marcou apenas 37.
Segundo a revista espanhola Motociclismo, é um quadro que poderia levar Lorenzo para a Ducati, motivado pelo ótimo relacionamento do piloto com o chefe da equipe, Gigi Dall’Igna. Os dois ganharam juntos os títulos na 250cc, quando estavam na Aprilia. Depois, o dirigente mudou-se para o World Superbike onde sua estrutura venceu mais dois títulos mundiais, com o polêmico Max Biaggi, que também é amigo de Lorenzo.
Apesar das evidências, todas as partes, como sempre, negam tudo: “não há possibilidade de Jorge correr na Ducati em 2016, porque Dovizioso e Iannone têm contratos de dois anos“, disse o manager Carlo Pernat. O empresário de Lorenzo, Albert Valera também segue o mesmo discurso: “só aconteceram três corridas neste ano e Jorge está muito feliz com a moto“, afirmou sem antes reconhecer que Dall’Igna é um atrativo para Lorenzo na Ducati.
No ano passado, a renovação do contrato de Lorenzo com a Yamaha demorou a se concretizar. O espanhol acabou renovando por mais duas temporadas (1 + 1). No entanto, se o desempenho até a metade de 2015 for considerado insatisfatório, o bicampeão poderá sair, sem pagar multas contratuais. A sexta etapa em Mugello (31 de maio) seria o prazo limite para se exercer essa cláusula.
Além de Dall’Igna, a Ducati atrai Lorenzo pelo visível salto de qualidade que a moto deu nessa temporada. Agora, a Desmosedici GP15 tem até condições de vencer corridas, o que não acontecia desde 2010. A situação tende a ficar ainda melhor, já que em 2016 o regulamento será diferente, com todos os times correndo com a mesma centralina eletrônica padronizada pela Dorna.