Jorge Lorenzo segue presente na MotoGP como comentarista do DAZN. Ao comentar sua própria carreira, o espanhol acha que, se não fosse a mudança da Ducati para a Honda e a lesão de Assen, teria tido ainda mais sucesso.
Depois de três títulos mundiais na Yamaha (2010, 2012 e 2015), Lorenzo mudou-se para a Ducati em 2017. O começo foi bastante difícil, mas depois conquistou mais três vitórias em 2018. No entanto, o espanhol não chegou a um acordo com os italianos e foi para a Honda em 2019, onde sofreu o acidente mais sério de sua carreira, nos treinos para o GP da Holanda, no circuito de Assen.
“Essa é uma suposição bastante comum“, disse Lorenzo sobre se teria continuado a vencer na Ducati. “No início a moto era o oposto do meu estilo de pilotagem, mas aos poucos fui me adaptando. Talvez tarde demais. Mas é a impressão que as pessoas têm [que Lorenzo teria feito mais na Ducati] e estou feliz com isso. Mas é claro que eu teria preferido tornar essa impressão uma realidade”, admite.
“Para ser honesto, gostaria de ter estado em condições de continuar com a Ducati na altura, depois de 2018, mas não foi possível devido ao timing. A vitória veio tarde demais, mas naquele momento pensei que a mudança para a Honda era algo positivo e que tudo ia ser ótimo. Não foi esse o caso e então me machuquei em Assen e tudo mudou a partir daí“, referiu-se à lesão vertebral que quase o deixou paralítico.
“Se não fosse por essa lesão, provavelmente teria cumprido meu contrato com a Honda – se com bons resultados ou não, não sei. Mas eu teria ficado mais alguns anos. Mas poderia ter sido muito pior. Se eu tivesse sofrido aquela lesão dez anos antes, não teria ganhado tanto. Sempre poderia ser melhor, mas sempre poderia ser muito pior. Estou feliz com minha carreira“, concluiu Lorenzo.