Jorge Lorenzo teve um dia de trabalho difícil ontem (31) no Grande Prêmio da Argentina, em Termas de Rio Hondo. O espanhol teve que superar diversos problemas para conseguir chegar em 12º e marcar apenas três pontos.
Os problemas de Lorenzo começaram logo na largada, quando o espanhol esbarrou no botão que limita a velocidade nos boxes e o fez despencar para o último lugar. “É incrível, quando as coisas dão errado, sempre há novos problemas“, lamentou o espanhol.
“Nós modificamos o botão porque eu tinha problemas para ativá-lo com o dedo [devido à sua lesão no pulso], mas aparentemente assim ficou mais fácil acioná-lo por engano“, explicou Lorenzo. “A princípio aconteceu isso, acionei o limitador por engano e a moto não funcionou, e quando eu desativei, já estava em último“.
Mas os problemas não terminaram aí. Ainda nas primeiras voltas, o punho do seu semiguidão esquerdo começou a se soltar, o que obrigou Lorenzo a tomar cuidado extra nas curvas para não sofrer o que certamente seria um sério acidente.
“Eu poderia aumentar meu ritmo volta após volta, mas depois que o meu semiguidão esquerdo ficou frouxo perdi muita confiança“, conta Lorenzo. “Foi um pesadelo, a única coisa positiva foi chegar à bandeira quadriculada, graças a algumas quedas ganhei posições, mas isso pouco muda o resultado da prova“, analisou.
Lorenzo ainda revelou um momento de tensão ao disputar posição com o checo Karel Abraham: “Estávamos disputando a vigésima posição e na curva 7 ele entrou com tudo, como se fosse a última curva da última volta“, contou o piloto de 32 anos. “Mal consegui evitar a queda e depois falei com a Direção de Corrida, já que era uma manobra sem lógica“.
Apesar dos problemas, Lorenzo segue confiante em sua adaptação à Honda: “Pode parecer uma desculpa, mas coisas muito estranhas e infelizes estão acontecendo agora que me levaram a esses resultados“, acredita o pentacampeão mundial. “Estou ciente de que podemos alcançar outras posições e que seremos mais fortes nas próximas corridas”.
Após duas etapas, Lorenzo ocupa a 14º posição no campeonato com sete pontos, o piloto da Honda pior classificado até o momento. Seu companheiro de equipe Marc Márquez lidera com 45, Cal Crutchlow é o sexto com 19 e Takaaki Nakagami o sétimo com 16.