Jorge Lorenzo mais uma vez negou os boatos de que poderia trocar a Yamaha pela Ducati. Mas, ao mesmo tempo fez um lembrete que pode muito bem ser encarado como um aviso: “se eu fizer desta equipe a minha prioridade, então é igualmente importante que apreciem o que eu lhes dou“.
Boatos de que Lorenzo poderia trocar a Yamaha pela Ducati circulam há pelo menos dois anos. No começo aconteciam por causa da má temporada da marca japonesa em 2014. Agora, graças ao bom desempenho apresentado pelas máquinas italianas nos primeiros testes coletivos de 2016 em Sepang, na Malásia.
Conversando com os jornalistas do Motorsport.com, o pentacampeão reafirmou seu desejo de correr pela Yamaha por toda a carreira, almejando o objetivo de se tornar o piloto mais bem sucedido da marca dos diapasões. Mas também avisou que para que isso aconteça, a admiração deve ser mútua.
“Mesmo durante meus momentos mais difíceis, eu sempre disse que queria terminar minha carreira aqui. E não só isso, eu acho que também seria possível se tornar o piloto mais bem sucedido desta equipe. Isso seria um sonho. Mas se eu fizer esta equipe a minha prioridade, então é igualmente importante que eles apreciem o que lhes dou. Depois do título de Valentino em 2009, fui o único piloto a ser campeão com a Yamaha.” (Jorge Lorenzo)
Lorenzo naturalmente se refere à grande atenção que seu companheiro de equipe (e grande rival) Valentino Rossi recebe não apenas dos seus numerosos torcedores, mas também de grande parte da própria Yamaha. O espanhol revelou que parte da equipe parece ter ficado indiferente à sua conquista do título de 2015.
“É verdade que uma parte da equipe teve um sentimento estranho, que teria sido diferente se apenas um piloto da Yamaha tivesse lutado pelo título. Essa controvérsia faz com que algumas pessoas ficassem um pouco frias, mas acho que foi uma consequência do que aconteceu em Sepang.”
Lorenzo foi campeão na última etapa da temporada 2015, corrida marcada pela punição de Rossi, obrigado a largar na última posição devido à colisão que teve com Marc Márquez na etapa anterior, em Sepang, na Malásia. Até hoje, Rossi afirma que os dois espanhóis fizeram um complô para impedir o seu décimo título.