Jorge Lorenzo está confuso com a falta de performance da Ducati demonstrada até agora nos testes coletivos de Phillip Island, na Austrália. Hoje (15), o espanhol ficou apenas em 15º, a mais de um segundo do líder, Maverick Viñales.
Entrevistado pelo site oficial da MotoGP, Lorenzo procurou manter a serenidade, explicando que a Ducati passou o dia experimentando diferentes acertos na Desmosedici GP16. O espanhol, afinal de contas, acabou melhorando seus tempos em três décimos.
“Hoje tivemos muito trabalho, procurando como ser mais rápidos e mais consistentes. Fizemos alguns pequenos passos, conseguimos fazer muitas voltas em 1min30s e estamos chegando perto de 1min29s. Vamos ver se amanhã podemos ter um ritmo mais rápido e entrar em 1min29s consistentemente. Continuamos a experimentar diferentes configurações, novas soluções e, embora estivéssemos bem longe, temos que ser positivos. Hoje à noite vamos estudar os dados para continuar trabalhando e aproximar-nos da frente amanhã.” (Jorge Lorenzo)
Mais tarde, no entanto, Lorenzo se mostrou mais incrédulo com o desempenho. O pentacampeão confessou não entender como Álvaro Bautista, que pilota uma GP16 (a moto do ano passado) pode ser mais de meio segundo mais rápido do que ele, que já está com a nova – e teoricamente muito superior GP17.
“É evidente que ainda falta muito. Eu não entendo como Bautista é capaz de ir mais rápido do que eu em muitas curvas, e terminar meio segundo com uma motocicleta inferior. Dovizioso também tem sido mais rápido do que eu, tenho que analisar os dados. Melhoramos meio segundo em relação ao dia anterior, mas os outros baixaram seu tempo em mais de um segundo, especialmente Maverick. Vamos dizer que ainda estamos longe disso, mas vamos dormir um pouco mais perto do que ontem.”
Mas, afinal, qual o problema que Lorenzo está enfrentando em Phillip Island? “Em muitas curvas não tenho confiança para abrir o acelerador, e perco muito tempo“, explicou o pentacampeão mundial. “Parece que até o momento a minha Ducati, no que respeita à definição da eletrônica, é a mais nervosa quanto ao caráter do motor. Temos que encontrar maneiras de resolver este problema“, disse.