A virada do ano livrou Jorge Lorenzo de seu contrato com a Yamaha e, a partir de agora, o espanhol pode finalmente falar oficialmente como piloto da Ducati. Aqui você conhece suas primeiras impressões da Desmosedici.
Conversando com o Motorcycle News, Lorenzo não entrou em grandes detalhes, se limitando a dizer que gostou do que viu em seu primeiro teste com a marca italiana, que aconteceu no circuito de Valência, logo após o término da temporada, em novembro passado.
“Não posso falar muito sobre a moto, mas o que posso dizer é que estou muito motivado e muito feliz. Quando eu a testei, abri um grande sorriso no meu rosto dentro do capacete, e isso é muito importante. Você quer tirar o máximo que puder, mas temos muito trabalho a fazer. Estamos lutando contra pilotos incríveis e talentosos, talvez até mais do que nunca, e eles têm grandes motos. Mas temos os nossos pontos fortes também, e temos de aproveitá-los e melhorar pouco a pouco os pontos fracos.” (Jorge Lorenzo)
Segundo revelações da revista Rider Magazine em dezembro, Lorenzo teria gostado muito dos freios, eletrônica e potência da Ducati, se queixando apenas do comportamento em curvas, grande ‘calcanhar de aquiles’ da moto. Entretanto, falando pela primeira vez a respeito, o espanhol preferiu ser evasivo.
“Com certeza a moto tem alguns pontos fracos, mas toda moto tem, e nós só temos que trabalhar neles. Eu me sinto pronto para colocar toda a experiência que tenho agora, e usar a minha experiência para melhorar a moto. Alguns aspectos foram ótimos, e apenas alguns outros precisam ser melhorados.”
Sobre ganhar corridas ou disputar o título, Lorenzo novamente foi cauteloso com as palavras, citando que há vários pilotos em condições de entrar na disputa em 2017. Mas, confessou que se não conseguir estar entre eles não ficará tão desapontado.
“O campeão é sempre o favorito, por isso deve ser Márquez. Mas novamente, eu acho que vai ser muito próximo, com Viñales na Yamaha, Rossi sempre estará lá também, e Iannone pode ser rápido na Suzuki. Vai ser o mesmo que este ano – muitos bons pilotos em boas motos, com potencial de vencer corridas. O título mundial será entre três ou quatro pilotos, e com certeza vai ser muito interessante! Eu quero acreditar que eu possa ser um desses pilotos, mas pode ser que não seja. Se não for, eu não ficarei muito desapontado e pensarei no futuro. Mas desde a primeira corrida, eu gostaria de pensar que seria capaz de lutar pela vitória e talvez pelo título.”
Lorenzo será apresentado como piloto oficial da Ducati no dia 20 de janeiro em Borgo Panigale, Itália. O espanhol voltará a testar a Desmosedici a partir do dia 29, em Sepang na Malásia, em uma sessão que até Casey Stoner deverá pilotá-la.