Jorge Lorenzo continuou suas observações sobre o comportamento da Honda RC213V no Grande Prêmio da França, realizado no último final de semana em Le Mans. O espanhol agora acredita que a máquina japonesa é ainda mais difícil de pilotar que sua antiga Ducati.
Lorenzo finalizou a prova francesa apenas na 11º posição, enquanto seu companheiro Marc Márquez novamente ficou com a vitória. Entretanto, o espanhol disse que houve progressos e a distância para os primeiros colocados foi bem menor do que nas primeiras etapas do ano.
“Obviamente, não estou aqui para comemorar algo importante, mas o importante é que estamos mais perto do mais rápido“, disse Lorenzo, à imprensa espanhola. “No Catar acabei mais perto, mas a corrida foi mais lenta. Aqui estávamos mais perto na volta mais rápida, 7 décimos, e pela primeira vez estivemos à frente de [Takaaki] Nakagami, que já conhece a moto há dois anos, e não muito longe de [Cal] Crutchlow, que está na Honda há cinco anos“, ressaltou.
Lorenzo é um dos poucos pilotos do grid que teve a oportunidade de pilotar nas três grandes montadoras da MotoGP moderna, Yamaha, Ducati e Honda. E, à medida que vai ganhando conhecimento sobre a RC213V novamente fez comparações entre as três, classificando a sua atual moto como a mais difícil.
“A Yamaha é uma moto amigável para os pilotos que começam na categoria, a Honda sempre foi uma moto especial e difícil, o oposto da Ducati: você tem que abrir muito, começar a se inclinar antes, e depois muito na curva“, revela, antes de completar dizendo que Marc Márquez é o único piloto que consegue dominar a moto.
“Para estar no nível de Marc, você tem que pilotar a moto como ele”, garante Lorenzo. “Ele leva muita vantagem na confiança que tem em entrar na curva, aproveita muito a pista, começa a se inclinar rapidamente, como no Supermotard, e entra no ápice da curva, tenho que me aproximar desse estilo“. O piloto de 33 anos agradeceu o esforço da HRC em melhorar a moto: “A moto me dá um pouco mais de confiança e na ergonomia estou mais confortável, mas nessa parte [estilo de pilotagem] ainda estou longe“.
Apesar dos rumores de que a Honda não estaria feliz com as críticas de Lorenzo, o chefe da equipe Alberto Puig se mostrou muito satisfeito com seu piloto: “Lorenzo deu alguns pequenos passos a frente na França“, disse após a prova. A próxima etapa é o Grande Prêmio da Itália, em Mugello, no dia 2 de junho.