As coisas continuam difíceis na LiveWire, a subsidiária de motos elétricas da Harley-Davidson. No primeiro trimestre de 2025, eles venderam apenas 33 unidades em todo o mundo.
Isso representa uma queda de 72% em relação às já muito modestas 117 motocicletas elétricas vendidas no primeiro trimestre de 2024. As bicicletas elétricas Stacyc, para crianças, uma segunda frente da LiveWire, também não foram melhor, com 1.970 unidades (2.932 unidades em 2024).
Financeiramente, a LiveWire conseguiu reduzir os custos em 30%, resultando em um prejuízo muito menor do que no ano passado. No entanto, apenas nesses três meses, cerca de US$ 20,7 milhões (R$ 128 milhões) foram para o ralo.
São números extremamente frustrantes, pois três modelos mais acessíveis do que a LiveWire One foram lançados no último ano: a S2 Del Mar, a S2 Mulhollland e recentemente a S2 Alpinista, aparentemente sem gerar grande interesse. A chegada da S2 “Arrow” também não deve trazer a salvação.
Parece que essa dura realidade ainda não é vivenciada pela empresa, pois foi anunciada uma edição exclusiva de lançamento para o novo S2 Del Mar, “limitada” a 100 unidades, enquanto uma linha S3, com modelos ainda mais leves que a plataforma S2 Arrow está prevista.
Para o futuro, a LiveWire parece querer avançar mais para bicicletas elétricas (ciclomotores) e equivalentes de 125cc, incluindo a marca Stacyc. Além disso, já faz algum tempo que se fala em uma scooter elétrica, que será construída em conjunto com a acionista minoritária Kymco.
Mas parece que a paciência da principal acionista, Harley-Davidson, não é mais infinita. Na disputa para quem assume a cadeira de CEO deixada por Jochen Zeitz, o acionista que quis forçar a saída de dois membros do Conselho de Administração, indicou que também eles deveriam se livrar da LiveWire.